Em um intervalo de 30 dias, 20.204 pessoas conseguiram se recuperar depois de serem contaminadas pelo novo coronavírus em Mato Grosso. O número registra um crescimento de 526,29% no índice de curados no estado. Em 26 de junho, 4.735 pessoas tinham conseguido se recuperar da doença. Já em 26 de julho, segundo dados disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde, esse número saltou para 24.939 recuperações. A taxa de cura atingiu 57,15% do número de infectados, que hoje está em 43.637. O bom resultado ocorre embora ainda não exista um medicamento específico para o coronavírus.
O tratamento precoce é considerado uma ferramenta eficaz para vencer a doença. Se no início da pandemia a recomendação do Ministério da Saúde era procurar auxílio médico apenas em casos graves, com a análise criteriosa dos resultados desse protocolo - que demanda mais vagas de UTI - houve uma mudança. Agora, ao primeiro sinal que possa indicar infecção pelo novo coronavírus, procure ajuda médica.
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Diante disso, tanto o Governo do Estado, como as prefeituras estão disponibilizando centros de triagem da Covid-19, que visa detectar e também oferecer ajuda precoce para casos suspeitos, realizando testes, entregando medicamentos e também ofertando equipe médica para avaliação daqueles que procuram as unidades.
Estudo feito pela Universidade Federal de Mato Grosso mostra que o pico da doença, no estado, deve ocorrer em setembro deste ano. No entanto, essa projeção pode mudar dependendo do comportamento da população. Quanto mais expostos, mais cedo esse ápice pode chegar.
Para o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, o estado começa a dar sinais de que pode ter chegado ao platô da doença. Isso significa dizer que Mato Grosso caminha para a estabilização.
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Como ainda não conseguiram desenvolver uma vacina que seja comprovadamente eficaz contra o coronavírus, é preciso reforçar as medidas não farmacológicas, como higienizar sempre as mãos, usar máscara, cobrir a boca e o nariz com o cotovelo ao espirrar, manter distanciamento de pelo menos 1,5 metro quando estiver num local com mais pessoas, evitar aglomerações e ao perceber os primeiros sintomas, procurar ajuda médica.
São considerados sintomas da Covid-19 tosse seca, febre, cansaço, dor de cabeça, coriza, dor no corpo, dor de garganta, diarreia, conjuntivite, perda de paladar ou olfato erupção cutânea na pele ou descoloração dos dedos das mãos ou dos pés, dificuldade de respirar ou falta de ar, dor ou pressão no peito perda de fala ou movimento.