Assessoria PMMT
A Patrulha Maria da Penha, programa da Polícia Militar de Mato Grosso, realizou o atendimento a 2.970 mulheres vítimas de violência doméstica no primeiro semestre de 2025. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Estado de Comunicação (Secom-MT), com base em dados fornecidos pelo jornalista Wellyngton Souza, da PMMT.
Iniciado em 2019, o programa tem como objetivo encerrar ciclos de agressão e devolver a sensação de segurança e dignidade às mulheres. Atualmente, a iniciativa está ativa em 98 dos 142 municípios mato-grossenses, operando por meio de 41 núcleos distribuídos entre os 15 Comandos Regionais da Polícia Militar.
A tenente-coronel Ludmila Eickhoff, coordenadora de Polícia Comunitária e Direitos Humanos e responsável pelo projeto, afirma que a atuação da patrulha é essencial para a proteção das vítimas. "A violência doméstica é um crime grave que viola os direitos humanos das mulheres. A atuação da Patrulha Maria da Penha é fundamental para garantir a segurança das vítimas, coibir novos episódios de violência e promover a responsabilização dos agressores", declarou.
Durante o primeiro semestre deste ano, o Poder Judiciário decretou 4.008 medidasprotetivas de urgência. No mesmo período, foram registrados 346 casos de descumprimento dessas medidas por parte dos agressores.
As ações da patrulha resultaram na prisão em flagrante de 124 homens por violência doméstica. Adicionalmente, as equipes policiais realizaram 5.524 visitas solidárias às vítimas assistidas pelo programa e 642 visitas de orientação a agressores.
Entre as mulheres acompanhadas pelo programa, foi registrado um caso de feminicídio em Mato Grosso no período analisado.
Segundo a tenente-coronel Ludmila, o volume de atendimentos reflete a expansão do programa, que também desenvolve atividades de prevenção primária. A realização de palestras, orientações e blitz educativas contribui para fortalecer a rede de proteção e incentivar as mulheres a denunciarem as agressões.
Recentemente, as ações de combate à violência doméstica foram reforçadas com a assinatura de um Termo de Cooperação Técnica pela primeira-dama do Estado, Virgínia Mendes. A medida garante o pagamento de horas extras a policiais civis, militares e bombeiros que atuarem nas ações do programa SER Família Mulher.
“Esse termo de cooperação vem somar aos esforços que já temos no governo com o programa SER Família Mulher, que acolhe mulheres em situação de violência e vulnerabilidade, oferecendo suporte social, financeiro e emocional para que possam recomeçar com dignidade”, afirmou Virgínia Mendes. Ela acrescentou que "a atuação integrada da segurança pública é fundamental. Sabemos que muitas mulheres ainda são vítimas de violência e precisamos que todas as instituições estejam em sintonia para mudar essa realidade".
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Cláudio Fernando Tinoco, destacou que o programa tem contribuído para a redução dos índices de reincidência de violência entre as mulheres atendidas. Ele atribuiu os resultados a uma soma de esforços que envolve o policiamento ostensivo, preventivo e os investimentos do governo estadual na área da segurança pública.
Desde a sua criação em 2019, o Governo de Mato Grosso investiu mais de R$ 2,3 milhões na Patrulha Maria da Penha. Os recursos foram direcionados para a aquisição de viaturas, equipamentos tecnológicos e de trabalho, além da reforma de sedes e locais de atendimento às vítimas.
"Essa atenção da primeira-dama representa um fortalecimento da rede de enfrentamento ao combate à violência contra as mulheres e vulneráveis, para que possamos potencializar as nossas ações em todo o Estado", pontuou o coronel Fernando Tinoco, mencionando que a jornada extraordinária, já existente em outras operações, será agora aplicada de forma específica no combate à violência contra a mulher.
