NOTICIÁRIO Sexta-feira, 24 de Julho de 2020, 10:31 - A | A

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TENDÊNCIA

Profissionais creem na manutenção do serviço online pós-pandemia

Uma tela (de computador ou smartphone) hoje separa o professor do aluno, o médico do paciente, o chefe do funcionário. O presente é definitivamente online e o futuro tende a ser assim. Desde março, quando as pessoas foram obrigadas a se isolar como principal forma de prevenção contra o novo coronavírus, as relações e interações virtuais ganharam uma importância nunca antes vista. Se o contato presencial não é possível, o virtual foi a maneira encontrada para que muitas atividades fossem mantidas.

Entre elas o trabalho da equipe de Janaína de Oliveira Paes da Silva, coordenadora de Gestão de Clientes da Águas Cuiabá, que coordena um grupo de cerca de 20 pessoas, todas atualmente em home office.

“Acredito que o sistema de teletrabalho veio para ficar até porque as demandas e interações online já existiam e a pandemia apenas acelerou esse processo. As empresas que conseguirem se adaptar a esse sistema certamente irão optar por implantá-lo como um padrão”.

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A psicóloga Marina Stech também acredita que essa maior interação profissional online é uma tendência muito forte no mercado que já vinha crescendo e encontrou espaço para se consolidar durante a pandemia.

“Tenho certeza que quando tudo isso passar as plataformas e atendimentos virtuais serão mais valorizados que nunca”, ressalta a psicóloga que já realizava atendimentos virtuais antes do período de isolamento para pacientes que se sentiam mais confortáveis assim ou até mesmo para pessoas que vivem em outras cidades e estados.

“Nesse período de isolamento esse tipo de atendimento ganhou força. Na minha experiência, meus pacientes aceitaram muito bem, até por entender as atuais circunstâncias”, observa.

Entre as vantagens apontadas pela psicóloga estão a liberdade de escolha do profissional, independente da localização geográfica, um maior conforto do paciente ao poder fazer a sessão de casa, acessibilidade e a mesma qualidade do atendimento presencial. “Há ainda a abertura emocional. Algumas pessoas se soltam melhor à distância, além da segurança que o Conselho Regional de Psicologia nos dá regulamentando esse tipo de atendimento para nós, profissionais”, completa.

E como diz o ditado: mente sã, corpo são. A jornalista Celly Alves Silva fez de tudo um pouco: body balance, yoga, fitdance, zumba, muay thai e exercícios funcionais. Tudo online. As aulas ao vivo são gratuitas e oferecidas por uma rede de academias.

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“Durante cerca de 2 meses eu me mantive numa rotina quase diária de exercícios. Depois que voltei a trabalhar estou fazendo as aulas aos finais de semana”, conta. “Passei a me sentir mais leve, relaxada e disposta. Bem menos estressada. Também vi os benefícios no corpo porque consegui perder medidas e emagrecer. Acredito que os exercícios físicos também devam ter me ajudado no quesito imunidade”.

Apesar de ter aprovado a “academia virtual”, a jornalista diz que prefere o contato pessoal com o profissional, até por se tratar de um serviço de saúde.

E se as aulas da academia vão para dentro de casa, por que não as aulas de pilates? É o que tem feito a fisioterapeuta Izadora Roder desde que o isolamento social foi imposto em Cuiabá. As aulas de pilates online acontecem desde março e foram liberadas pelo Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito). Segundo Izadora, as sessões são, em sua maioria, individuais ou com duas pessoas no máximo.

Reprodução

atividades online

 Aulas de Pilates continuam 

“Na aula online a pessoa usa o peso do corpo e algum acessório que tem em casa, mas muitos pacientes têm até aparelhos”, revela. “Está dando muito certo e eu vejo como vantagem poder acompanhar o tratamento de quem não pode estar presente, ou seja, há uma continuidade e não o abandono dessa prática. Acredito que a modalidade online deva continuar para quem tem uma rotina corrida, mas gostaria de manter o exercício e certamente será liberada porque estamos mostrando que é possível ter bons atendimentos, ainda que à distância e não presenciais”.

Nem tudo são flores

Problemas técnicos como uma conexão de internet ruim são um dos entraves à qualidade dos serviços oferecidos virtualmente.

A falta de contato e interação real com as pessoas também é apontada como um dos pontos negativos dessa tendência ao virtual em detrimento do presencial.

“Acredito que muitas empresas vão adotar com mais efetividade o home office porque, para elas, é mais barato. Mas acho que nesse caso, deveria haver uma regulamentação melhor porque os gastos que as empresas deixam de ter passam a ser dos funcionários como energia elétrica e internet, isso sem contar com a ergonomia dos móveis que possuem em casa, nem sempre ideais para passar longas horas”, aponta a jornalista Celly.



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