NOTICIÁRIO Quarta-feira, 16 de Julho de 2025, 18:53 - A | A

Quarta-feira, 16 de Julho de 2025, 18h:53 - A | A

POLÍTICA FISCAL

STF valida aumento do IOF e reforça capacidade fiscal do governo Lula

Da Redação

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de manter a validade de parte do decreto presidencial que aumentou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é um marco significativo que reverberará nos corredores do Congresso e nos mercados financeiros. Essa medida, que visa reforçar as receitas do governo e alinhar-se às metas do arcabouço fiscal, tem gerado debates intensos desde sua edição no final de maio pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O decreto em questão foi alvo de contestação no Congresso, que chegou a suspender parte de suas previsões, levando PSOL, PL e a Advocacia-Geral da União (AGU) a recorrerem ao STF. A decisão de Moraes, proferida após uma audiência de conciliação infrutífera entre o governo federal e o Congresso, delineia pontos cruciais: o ministro considerou constitucional a incidência do IOF sobre entidades abertas de previdência complementar e entidades financeiras, argumentando que não houve desvio de finalidade e de risco irreparável que justificasse a suspensão dessa parte do decreto. Por outro lado, Moraes optou por manter suspensa a aplicação do imposto sobre operações de risco sacado. A justificativa para essa suspensão foi que o decreto presidencial extrapolou os limites de atuação do Presidente da República, ferindo o princípio da segurança jurídica ao realizar equiparações normativas.

A decisão do STF tem implicações multifacetadas. Para o governo, a manutenção da validade de grande parte do decreto é vista por especialistas como um reforço à sua capacidade de implementar medidas fiscais sem a necessidade de uma aprovação prévia do Congresso. Um especialista em direito tributário destacou que "Essa decisão sinaliza que o STF está disposto a dar sustentação às medidas do governo, desde que dentro dos limites da Constituição". Contudo, a reação dos parlamentares de oposição não demorou, com muitos criticando a decisão como uma invasão de competência do STF sobre o Poder Legislativo, argumentando que "Essa decisão é mais um exemplo de como o STF está se sobrepondo ao Legislativo". Para os mercados financeiros, a recepção foi majoritariamente positiva. Investidores reagiram favoravelmente à manutenção da validade do decreto, pois a decisão "reduz a incerteza sobre a política fiscal do governo e é vista como positiva para os mercados", conforme avaliação de um analista financeiro. O cenário fiscal e jurídico brasileiro permanece dinâmico, e o caso do IOF continuará sob os holofotes de especialistas e investidores, à espera dos próximos desdobramentos na implementação das medidas fiscais do governo.

Destaques da Mídia Especializada

*Valor Econômico: Relatou a boa recepção da decisão pelo mercado financeiro, com investidores apostando na continuidade da política fiscal governamental.

Folha de S.Paulo: Enfatizou que a decisão de Moraes foi o desfecho de uma intensa disputa política e jurídica entre o Executivo e o Legislativo.

Infomoney: Alertou para as possíveis implicações da decisão em investimentos isentos e diversas operações financeiras, um ponto de atenção para investidores e agentes do mercado.



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