A Universidade de Oxford anunciou neste sábado, em nota, que retomará a fase 3 dos testes para sua potencial vacina contra a covid-19, desenvolvida em parceria com o laboratório AstraZeneca. Os estudos haviam sido suspensos na terça-feira (8) após um participante apresentar reações adversas sérias.
Segundo o documento divulgado pela universidade, foi realizado um processo de revisão e, de acordo com as recomendações de um comitê de revisão de segurança independente e do regulador do Reino Unido, os testes poderão ser retomados.
"Globalmente, cerca de 18 mil pessoas receberam as vacinas do estudo como parte do ensaio. Em grandes ensaios como este, espera-se que alguns participantes não se sintam bem e todos os casos devem ser avaliados cuidadosamente para garantir uma avaliação cuidadosa da segurança", diz a nota.
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A universidade não divulgou informações sobre o participante do estudo que apresentou reações adversas, mas destacou que está comprometida com a segurança dos voluntários e com "os mais altos padrões de conduta".
Além do Reino Unido, os testes estavam sendo realizados também em outros países, incluindo o Brasil. Na terça-feira, a AstraZeneca comunicou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a interrupção dos estudos, que envolvem a Fiocruz.
Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi informada pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, sobre a autorização para retomada dos testes da vacina para a covid-19. No entanto, a agência ainda aguardará um pedido de nova anuência para que o estudo seja retomado no Brasil.
Em nota, a Anvisa disse que foi informada pela universidade sobre a autorização para a retomada dos testes. "Mas até o momento, a agência não foi comunicada oficialmente pela Autoridade Sanitária do Reino Unido (MHRA), responsável por esta autorização", salientou.
A Anvisa esclareceu ainda que, para que o estudo seja retomado no Brasil, a AstraZeneca deve fazer um novo pedido de anuência. A expectativa da agência é de que o pedido seja recebido nos próximos dias.
"A Anvisa reitera que está comprometida com a celeridade na análise de todos os dados", pontuou a agência. "Ao mesmo tempo, trabalha para garantir a segurança dos participantes do estudo clínico no Brasil."