Mato Grosso deverá ganhar um novo espaço cultural. Localizado no centro histórico da capital, o prédio anexo à Casa Barão de Melgaço – onde estão instaladas a Academia Mato-grossense de Letras e o Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso – deverá ser totalmente reformado e equipado para receber anfiteatro, salas para o ensino das artes cênicas, biblioteca, salas de arquivo e pesquisa, café literário e mirantes voltados para o centro histórico.
O novo centro cultural será viabilizado com recursos de R$ 2,3 milhões de emenda do senador Wellington Fagundes (PL-MT) e já confirmados no Orçamento Geral da União. “A produção cultural de Mato Grosso requer esse espaço, que está no centro histórico e encontra-se abandonado há vários anos”, diz o senador.
“Esta é a maior emenda que um parlamentar federal já apresentou para a cultura de Mato Grosso”, garante o diretor de teatro Flávio Ferreira.
Ele conta que o prédio foi cedido em comodato pelo governo do Estado para utilização da Casa Barão de Melgaço, mas as instalações estão deterioradas pelo abandono há vários anos.
Segundo ele, a partir da decisão do senador em destinar recursos para a reforma do prédio, foi elaborado o projeto arquitetônico, já concluído. “O que pretendemos é transformar esse espaço ocioso, com sérios problemas de deterioração, em um espaço humanizado e pronto para receber a comunidade”, diz.
“Esta é uma luta histórica da cultura de Mato Grosso, que é o de dar uma ocupação para aquele espaço, que há muito tempo estava abandonado, diz o secretário estadual de Cultura, Alberto Machado. Segundo ele, com a reforma, o espaço ganhará uma utilização ampla.
Ex-presidente da Academia Mato-grossense de Letras, Eduardo Mahon, lembra que o comodato com o governo do Estado permite que o espaço seja utilizado para vários eventos, como exposição de arte, apresentação de peças de teatro etc.
O novo centro cultural vai atender a duas instituições: Academia Mato-grossense de Letras e o Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso. A presidente do Instituto, Neila Barreto, lembra que a instituição é centenária e não dispõe de recursos para acomodar o seu acervo histórico e a nova estrutura vai possibilitar isso. Ela também acredita que o novo centro cultural vai contribuir para revitalização do centro histórico de Cuiabá, gerar novos empregos para vários segmentos da cultura e promover a inclusão da comunidade.
Sueli Batista é a atual presidente da AML e também reforça a importância do centro cultural como espaço para a convergência de todas as artes, além de impulsionar a pesquisa sobre parte significativa da história de Mato Grosso e do Brasil.