O deputado estadual Júlio Campos (UB), em entrevista concedida ao Jornal da Cultura, na manhã desta segunda-feira (8), garantiu que o governador Mauro Mendes (UB) dará uma resposta ao presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (UB) até o dia 31 de janeiro. A posição do governador, que também é presidente estadual do União Brasil, foi dada na última sexta-feira (5), depois de ser pressionado pelos deputados que apoiam o projeto de Botelho à prefeitura de Cuiabá.
Segundo Julio Campos, o governador se comprometeu a conversar com o grupo do deputado federal Fábio Garcia (UB) para a construção de um consenso. A possibilidade é que Fábio recue e o partido lance o nome de Botelho à prefeitura. Caso isso não aconteça, Campos afirmou que o governador dará a carta de liberação ao presidente da Assembleia, que deverá se filiar ao PSD.
O parlamentar disse que ele, juntamente com os deputados Janaina Riva (MDB), Max Russi (PSB) e Paulo Araújo (PP) cobraram do governador uma definição da situação que se arrasta desde o ano passado sem nenhum desfecho. Campos lembrou que o nome de Botelho tem alta aceitação da população cuiabana, no entanto, segue nesse imbróglio dentro do partido.
“O tempo está passando. Dia 1º de março inicia a janela para troca de partidos e tem vários vereadores que estão em outras siglas e apoiam a candidatura do deputado Botelho e querem saber qual rumo ele vai tomar”, salietou.
O deputado ainda destacou que dentro do partido, além dele, os deputados Dilmar Dal'Bosco e Sebastião Rezende também apoiam o projeto de Botelho. Questionado se podem deixar o partido caso essa seja a decisão de Botelho, Campos afirmou que é uma situação a ser avaliada.
Botelho disputa dentro do União Brasil o direito de ser candidato a prefeitura de Cuiabá. Embora apresente melhor desempenho nas pesquisas eleitorais, o governador Mauro Mendes havia hipotecado apoio ao projeto de Fábio Garcia, que também deseja concorrer ao Palácio Alencastro. Garcia também conta com o apoio e simpatia da primeira-dama Virgínia Mendes.
A promessa era de que o caso teria um desfecho no final do ano passado. Mas até o momento, o governador tem levado o presidente da Assembleia Legislativa em banho Maria. Em recente declaração à imprensa, Botelho afirmou que espera em breve uma definição, que a situação já está "chata".