O governador Mauro Mendes (DEM), durante anúncio da isenção de IPVA para parcela da população mato-grossense mais afetada pela pandemia da Covid-19, afirmou que nos próximos meses o país pode se deparar com a redução do número de vacinas para imunização contra o coronavírus. Isso porque o o Instituto Butantan encerra no próximo mês o contrato firmado para fornecimento de imunizantes e o Brasil ficaria a mercê da produção da Fiocruz - responsável pela AstraZeneca. Ocorre que a instituição não tem conseguido cumprir com os cronogramas estabelecidos.
"As vacinas continuam chegando. Mês passado não foi cumprido o programado. O Butantan cumpriu. A Fiocruz não. O Butantan encerra no próximo mês o contrato. Está no ar o cheiro de redução de vacina chegada pelo PNI (Plano Nacional de Imunização). As informações não são oficiais. O mês passado furou. Esse mês estaremos muito na mão da Fiocruz. Ela deveria ser a grande entregadora", disse o democrata.
O estado ainda aguarda o posicionamento da Anvisa sobre a liberação de uso da vacina Sputnik V. A compra direta seria uma forma de não sofrer as consequências da falta de doses oferecidas pelo Governo Federal. Mato Grosso articula a aquisição de 1,2 milhão de doses, através da união entre o Fórum de governadores da Amazônia Legal e o consórcio de governadores do Nordeste.
Mauro disse que fez uma reunião de quatro horas com a Anvisa para saber que ajustes seriam necessários para a liberação da vacina, mas a Agência não passou essa informação. Lembrou que o imunizante já é utilizado em 52 países.
"O Maranhão entrou no STF para liberar a vacina. Se a Anvisa não se posicionar até o dia 28, será liberado automaticamente. Vamos aderir a liminar, se for preciso. Acreditamos que é possível cumprir o que a Anvisa deseja. já existem 52 países no planeta usando. Pesquisas mostram a eficiência, que é a maior de todas as vacinas. O bom senso vai imperar e vai ser liberado", observou.