A campanha “Agosto Dourado”, que simboliza a luta pelo incentivo à amamentação, foi instituída pela Lei nº 13.435/2.017 e sedimentada pela comemoração da Semana Mundial de Aleitamento Materno, realizada a partir de 1990 num encontro da Organização Mundial de Saúde (OMS) com o Unicef. A cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno. A campanha teve início neste dia 1º de agosto, Dia Mundial da Amamentação.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), por ano, cerca de seis milhões de vidas são salvas por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade. São raríssimas as contraindicações absolutas ao aleitamento materno.
O leite materno é considerado o alimento mais completo para os primeiros meses de vida. É nele que estão contidas todas as proteínas, vitaminas, gorduras, minerais e os nutrientes necessários para o saudável desenvolvimento dos bebês.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e o Ministério da Saúde recomendam a amamentação até os 6 meses de vida, e o leite materno é suficiente para a criança, não é preciso ingerir nada além do leite materno, nem mesmo a água. Após os 6 meses, se inicia a introdução alimentar, porém é benéfico e recomendado continuar até os 2 anos de idade ou mais, caso seja a vontade da mãe e da criança.
É comum situações em que a amamentação é necessária para duas ou mais crianças. Em gestações múltiplas, pode ser desafiador, mas geralmente consegue atender a demanda dos bebês, e com uma boa rede de apoio e orientação de profissionais capacitados, é possível amamentar os gemelares simultaneamente. Outras situações são quando a mãe engravida de uma nova gestação e o filho anterior não passou pelo desmame, chamada amamentação em Tandem, não sendo necessário acelerar o processo de desmame da criança mais velha, pois com alguns cuidados, é possível amamentar duas crianças em idades distintas.
A melhor forma de manter uma boa produção de leite é o bebê mamar em livre demanda, ou seja, não limitar a frequência das mamadas. Quanto mais o bebê mama, mais leite será produzido. Para que a criança consiga retirar o leite com eficiência, é preciso que ela esteja mamando em uma boa posição e com a pega adequada. Outro fator que contribui bastante para ajudar na produção do leite é que a mãe fique em um ambiente tranquilo e sem estresse, se alimente bem, tome bastante água, durma bem e aproveite para descansar enquanto o bebê também dorme, além de uma rede de apoio.
Os benefícios do aleitamento materno são muitos para o bebê e para a mãe. Para o bebê podemos citar a proteção contra infecções respiratórias, gastrointestinais; diminuição do risco de alergia, e a longo prazo; diminuição de hipertensão, diabetes, obesidade, hipercolesterolemia; ajuda do desenvolvimento cognitivo e da saúde bucal, entre muitos outros. Para a mãe protege contra o câncer de mama e tem efeito contraceptivo.
Outros benefícios são menores custos financeiros, promoção de vínculo afetivo entre mãe e filho e melhor qualidade de vida de ambos.
Amamentação é um ato de amor, é vida. Em caso de dúvidas ou dificuldade em relação a amamentação, procure sempre um pediatra.