O desembargador Rodrigo Curvo indeferiu pedido de estudantes universitários de Chapada dos Guimarães que solicitavam a liberação do tráfego de vans no “Portão do Inferno”. A decisão foi proferida na sexta-feira (15), durante análise de um agravo de instrumento, que questionava a decisão do juiz da 2ª Vara de Chapada dos Guimarães.
O magistrado de Chapada dos Guimarães também negou a demanda dos estudantes.
Apesar da argumentação feita pelos alunos universitários de que a impossibilidade de passagem de vans no local está prejudicando tanto o avanço da formação, quanto tornando oneroso o transporte, o desembargador pontuou que a interdição no trecho do Portão do Inferno para tráfego de carros pesados se deu em virtude de reduzir o impacto sobre a estrutura do viaduto e para redução da trepidação do terreno. Isso porque o trecho está numa situação de alto risco, mesmo com as obras de contenção que estão sendo realizadas. Desta forma, avalia que ainda não há possibilidade de revisar o fluxo de trânsito na região.
“Ademais, como bem registrado pelo juízo de origem, o fato exige cautela e análise técnica favorável que demonstre a possibilidade de liberação, com segurança, do trecho para os veículos pleiteados. Pelo exposto, INDEFIRO o pedido de antecipação da tutela recursal”, diz decisão.
O Portão do Inferno está com tráfego de ônibus e vans interrompido desde dezembro do ano passado, quando deslocamentos de blocos foram verificados na região. No entanto, com o início do ano letivo, os estudantes universitários que dependem de Cuiabá para estudar se viram em uma situação bastante delicada.
Isso porque com a interrupção da passagem, o caminho alternativo é por Campo Verde ou pela MT-246, que aumentou consideravelmente a rota e por consequência o valor pago pela van. Alunos relatam que o serviço mensal, que antes chegava a R$ 600, hoje está cerca de R$ 2 mil.
Com a dificuldade de transporte, estudantes cogitam o trancamento da universidade.