A Comissão Intergestores Bipartite de Mato Grosso (CIB-MT) aprovou, durante reunião realizada nesta sexta-feira (11), a vacinação contra a Covid-19 de lactantes e assistentes sociais em Mato Grosso. Enquanto as mulheres que amamentam já terão doses pactuadas nas próximas remessas encaminhadas pelo Ministério da Saúde, os profissionais da Assistência Social começaram a ser imunizados após o término da aplicação da primeira dose dos profissionais da Educação. Desta maneira, 20% do quantitativo que chegar para a primeira dose serão destinados aos trabalhadores da Assistência Social.
De acordo com o setor de Vigilância e Atenção à Saúde do Estado, Mato Grosso tem aproximadamente 44 mil lactantes. “As lactantes precisam de uma atenção especial, porque a Covid-19 coloca em risco a vida delas e de seus bebês. Por isso, fizemos esse pedido de inclusão nos grupos prioritários e fico muito feliz que a CIB tenha atendido”, declarou o governador Mauro Mendes (DEM).
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda a vacinação de mulheres que estão amamentando, independentemente da idade do filho, sem a necessidade de interrupção do aleitamento materno. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também defende a imunização de lactantes pertencentes aos grupos de risco.
“Vamos iniciar a vacinação de todas as lactantes até os dois anos de amamentação, mas a CIB editará uma resolução oficial e detalhada amanhã. Isto é, todas as lactantes terão prioridade de vacinação contra a Covid-19. A partir da publicação da resolução, os municípios já poderão iniciar a imunização deste público”, enfatizou o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo.
Assistência Social
“A Assistência Social é um serviço essencial e não parou em nenhum momento, pois milhares de pessoas precisam da ajuda do Governo. Os profissionais que trabalham nessa área se expõem ao risco e precisam ter essa garantia da imunização”, reforçou Mendes.
“O Estado de Mato Grosso trabalhou para viabilizar a antecipação da imunização desta categoria. Como essa quantidade de doses já está sendo direcionada para o público da Educação, nós iremos apenas redirecionar para outro grupo – o que não vai prejudicar o esquema vacinal de outros públicos que estão sendo imunizados”, esclareceu Figueiredo
A CIB é composta por membros do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-MT) e da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) e as decisões validadas pela Comissão precisam ser unânimes. “Os profissionais da ação social trabalham conosco desde o início da pandemia. É um grande avanço promovido pela CIB”, avaliou o presidente do Cosems, Marco Antônio Norberto Felipe.
Até o momento, não há uma data para o início da imunização, visto que a vacinação dos trabalhadores da Assistência Social está condicionada à conclusão da imunização dos profissionais da Educação.
“Recebo a notícia com muita alegria! O papel dos profissionais da assistência social tem sido fundamental no atendimento daqueles que mais sentiram os impactos da pandemia. Considero a área social tão importante quanto a saúde, ambos na sua área atuando na linha de frente contra o coronavírus. Nossos programas sociais conseguem alcançar quem mais precisa graças a esses profissionais. Agradeço e parabenizo o secretário Gilberto Figueiredo e toda a sua equipe pelo belíssimo trabalho!”, disse a primeira dama Virgínia Mendes.
Atualmente, as equipes técnicas estão empenhadas no levantamento do quantitativo de profissionais da Assistência Social a serem vacinados. A secretária de Assistência Social e Cidadania, Rosamaria Carvalho, também reforçou que essa é uma grande conquista para o estado de Mato Grosso.
“É uma conquista muito importante para os trabalhadores do Serviço Único de Assistência Social (Suas). A Assistência Social foi considerada como serviço essencial nas três esferas de governo, e deveria ter sido priorizada na vacinação, assim como foi para a segurança pública e a educação. Durante toda a pandemia continuamos atendendo, principalmente a população mais carente. É na Assistência Social que as pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade extrema, agravada pela Covid-19, buscam ajuda. Procuramos garantir a sobrevivência e a segurança alimentar dessas famílias”, concluiu.