O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou críticas contundentes à atuação de Israel na Faixa de Gaza, caracterizando as ações como genocídio. Durante a coletiva de imprensa realizada nesta terça, 3, no Palácio do Planalto, o líder brasileiro afirmou que o conflito não pode ser considerado uma guerra convencional, mas sim uma agressão desproporcional que impacta civis inocentes.
Lula ressaltou que as vítimas primárias desse conflito são mulheres e crianças, citando imagens marcantes de jovens perdendo a vida em busca de alimentos básicos. As críticas ganharam destaque após as declarações do presidente serem rebatidas pela embaixada de Israel, que as classificou como promotoras de antissemitismo. Todavia, Lula reafirmou sua posição, insistindo que sua análise está baseada em relatórios de diversas fontes, incluindo ex-líderes israelenses e militares, que também condenaram as ações como genocidas.
O presidente brasileiro enfatizou a necessidade de reconhecer o direito dos palestinos a um Estado próprio, conforme as linhas de 1967, e destacou o papel histórico do Brasil como o primeiro país da América do Sul a reconhecer oficialmente o Estado Palestino. Para ele, alcançar a paz duradoura só será possível com o reconhecimento pleno dos direitos palestinos.
Além das suas observações sobre a Faixa de Gaza, Lula mencionou sua agenda internacional, que inclui a participação na cúpula do G7, onde temas como a guerra na Ucrânia também estarão em pauta. Nas conversações previstas com outros líderes globais, incluindo o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o presidente americano Donald Trump, o presidente brasileiro pretende reforçar seu compromisso com soluções diplomáticas e humanitárias para os conflitos globais.
As declarações de Lula acontecem em um momento de tensão crescente no Oriente Médio e destacam o papel do Brasil no cenário internacional como defensor dos direitos humanos e da autodeterminação dos povos. Enquanto a comunidade internacional busca soluções para essa crise complexa, Lula advoga por um diálogo que respeite a dignidade e a humanidade de todos os envolvidos.
