A diretora Executiva da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), Rosa Neide Sandes de Almeida, afirmou que a redução no preço dos alimentos é resultado direto de uma orientação do governo federal. Segundo ela, a Conab, em conjunto com os ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA), da Agricultura (Mapa) e do Desenvolvimento Social (MDS), tem cumprido o papel de garantir comida na mesa da população.
"Nós tínhamos que baixar preço de alimentos, fazer o alimento chegar às comunidades que mais precisam, e fazer estoque público pra regular o preço", declarou Rosa Neide. Ela mencionou que a Conab, em parceria com o DIEESE, incluiu Cuiabá nos estudos sobre o custo da cesta básica e que, nos últimos três meses, "o preço de alimentos vem caindo aí sistematicamente", apesar de a capital mato-grossense figurar entre as mais caras do país.
Questionada sobre a divulgação das ações do governo federal, a diretora admitiu que a comunicação precisa melhorar. No entanto, ela atribuiu parte da dificuldade à postura de gestores municipais e estaduais que não apoiaram o projeto do governo Lula. "Tem prefeitura até que tira a placa da obra, se é financiamento do governo federal", comentou, citando como exemplo o prefeito de Cuiabá, que, segundo ela, nega os auxílios federais.
Rosa Neide destacou a atuação da Conab durante as enchentes no Rio Grande do Sul, afirmando que "em três dias, a gente estava em todos os lugares do Rio Grande do Sul onde as pessoas estavam flageladas".
Ao ser confrontada sobre uma possível autocrítica do PT na falha de comunicação, citando o exemplo do programa Ser Família Habitação, onde o aporte federal é majoritário, mas o governo estadual ganha o crédito, Rosa Neide diferenciou a comunicação institucional da partidária. "O governo não é o PT. O governo é uma base aliada, estruturada, que desenvolve um programa de governo no país", explicou. Ela reforçou que o programa habitacional foi "ressuscitado" pela gestão atual, após ser paralisado nos governos anteriores.
"O governador podia até ter muito esforço, muita vontade de fazer, mas ele não tinha o governo federal presente. E hoje, ele está fazendo um programa que ele dá algum subsídio, mas ele só faz isso porque a Caixa Econômica, através do governo Lula, voltou com o programa Minha Casa, Minha Vida", pontuou.
Oposição e a candidatura ao governo
A Federação Brasil da Esperança, composta por PT, PCdoB e PV, juntamente com partidos aliados, terá uma candidatura para disputar o governo de Mato Grosso nas eleições de 2026. A confirmação foi feita pela diretora Executiva da Conab e presidente estadual do PT, Rosa Neide, durante entrevista aos jornalistas Antero Paes de Barros e Michely Figueiredo.
"Com certeza, a federação e partidos aliados terá representação para o Executivo do estado de Mato Grosso", declarou, explicando que o objetivo é oferecer um palanque político para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no estado.
Segundo Rosa Neide, o grupo político acompanha as movimentações no campo da direita e mantém o diálogo aberto com diversas lideranças. "Nós já conversamos com o senador Jaime Campos, por exemplo, que é uma pessoa que tá na política mato-grossense há muito tempo, é muito bom escutá-lo", revelou.
A diretora da Conab também mencionou o nome da médica Natasha Slhessarenko (PSD) como uma novidade no cenário. "É uma das grandes possibilidades e inovação na política é a doutora Natasha. Ela é mulher, né? É mãe, é uma cidadã que construiu a sua vida em Mato Grosso", afirmou, confirmando que já se reuniu pessoalmente com a médica.
Para a dirigente petista, o debate eleitoral deve se pautar mais em projetos para o estado do que em nomes. Ela apontou para a contradição de Mato Grosso ser uma potência agrícola mundial e, ao mesmo tempo, ter quase metade de sua população em situação de vulnerabilidade, dependendo de programas sociais.
"Como é que a gente pode entender isso? Um estado com a produção que nós temos e a gente vê o nosso povo passando necessidade", questionou. Ela defendeu a necessidade de discutir temas como transição agroecológica, meio ambiente, saúde integrada, educação e distribuição de renda. "Muitas vezes, a gente pensa muito no nome da pessoa, mas qual é o projeto que essa pessoa defende?", indagou.
Sobre a disputa pelo Senado, Rosa Neide informou que a orientação nacional da federação é lançar duas candidaturas em todos os estados. Em Mato Grosso, um dos nomes já definidos é o do senador Carlos Fávaro (PSD), que pertence à base do governo federal.
"É uma decisão nacional e a gente tem essa ética partidária de ouvir o partido e a orientação", disse ela. A segunda vaga está em discussão. "Nós não queremos o nosso voto ficar solto pra ir pra alguém da direita. Nós queremos juntar os votos", pontuou. A escolha do segundo nome levará em conta análises políticas e diálogos com Fávaro e lideranças nacionais.
Ao ser questionada sobre a tese de que programas sociais como o Bolsa Família causam falta de mão de obra, Rosa Neide a classificou como uma "tese mundial da direita". Ela argumentou que países desenvolvidos possuem fortes programas de bem-estar social e que o discurso esconde o desejo de manter "um exército de desvalidos".
Ela mencionou que, com a melhora do mercado de trabalho, um milhão de pessoas pediram para sair voluntariamente do Bolsa Família. "Será que não faz análise desse outro lado?", provocou, defendendo que a solução é oferecer empregos de melhor qualidade e qualificação profissional.
Nesse contexto, ela citou que durante o governo Dilma Rousseff houve um esforço para inscrever beneficiários do CadÚnico em cursos de qualificação do Sistema S e defendeu a ampliação de vagas no ensino técnico para a juventude.
A ex-deputada federal também analisou o cenário para candidaturas femininas, que ela vê como uma tendência mundial. Para ela, o aumento da violência contra a mulher e do feminicídio em Mato Grosso torna o debate ainda mais urgente e pode favorecer candidaturas de mulheres.
Ela criticou a abordagem de campanhas de conscientização focadas apenas na punição. "Eu gostaria de que aquela propaganda fosse implementada. 'Você sabe que é covardia tirar a vida de outro ser humano, tirar a vida de uma mulher?'", sugeriu, defendendo uma mensagem que aborde a perspectiva de vida e a não-violência.
Rosa Neide apontou o que considera ser um "fortíssimo preconceito de gênero" contra a pré-candidatura da Dra. Natasha Slhessarenko. Ela comparou as críticas dirigidas à médica com a ausência de questionamentos semelhantes quando empresários homens, como Blairo Maggi ou Mauro Mendes, iniciaram suas carreiras em cargos majoritários.
Sobre sua votação expressiva na última eleição para deputada federal, quando obteve mais de 124 mil votos, mas não se elegeu devido ao quociente eleitoral, Rosa Neide afirmou que o partido está trabalhando para evitar que a situação se repita. "Eu espero que desta vez a gente eleja dois, ao invés de não eleger ninguém".
A respeito da segurança pública, ela acredita que o tema ocupará "um capítulo grande na discussão política". Ela citou o trabalho do ministro Ricardo Lewandowski no enfrentamento às facções e defendeu mais investimentos em educação técnica para dar perspectiva de vida aos jovens e afastá-los do crime.
Rosa Neide atribuiu a melhora na popularidade do presidente Lula a uma combinação entre as ações do governo federal, que buscam atender a todos os setores da sociedade, e as "ações equivocadas" da extrema-direita, que, segundo ela, fazem a população "enxergar melhor quem está falando a verdade".
    






Ariel Assis 28/10/2025
Esta senhora deve tá vivendo em Marte!!! O Brasil está afundando em dívidas Várias empresas em recuperação judicial Todas as estatais quebradas com dívidas bilionário País tomado por facções criminosas Ela deve está em Marte
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