Com a desistência de Otaviano Pivetta (PDT) em concorrer ao cargo de senador da República na eleição suplementar, o Partido Verde desembarcou do grupo e anunciou apoio à candidatura de Carlos Fávaro (PSD). A decisão ocorre depois de uma consulta interna o partido. O PV foi o primeiro partido a oficializar o desembarque. Pivetta oficializou a sua desistência nesta quarta-feira (2), atendendo a um pedido feito pelo governador Mauro Mendes (DEM).
"A Direção Estadual do Partido Verde de Mato Grosso, após processo de consulta interna de sua Executiva, decidiu de forma democrática e transparente, apoiar Carlos Fávaro, como candidato ao Senado Federal", diz nota assinada pelo presidente estadual do PV em Mato Grosso, José Roberto Stopa.
Para costurar o apoio a Fávaro, teria havido um acordo político que passaria pelo apoio à candidatura de Roberto Stopa, que até o momento é cotado para vice-prefeito, mas caso Emanuel Pinheiro (MDB) não saia à reeleição, poderá se lançar na corrida ao Palácio Alencastro e também ao projeto de Wallace Guimarães, que deve disputar o cargo de prefeito de Várzea Grande. Além disso, também estaria no "pacote" o compromisso de Fávaro em apoiar nomes do Partido Verde à Câmara Federal nas eleições de 2022. O partido buscará representação em Brasília.
O presidente estadual do PV afirma que a escolha por Fávaro se dá pelo fato dele já ter sido secretário estadual de Meio Ambiente em Mato Grosso e pelo compromisso do pessedista em lutar pelo Jardim Botânico.
A lealdade do PV se dava ao projeto do Pivetta, no entanto, com a saída do vice-governador do jogo, o partido se sentiu a vontade para apoiar outro candidato que não aquele que o grupo deve indicar para substituir o pedetista. Em reunião com os partidos da aliança nesta quarta-feira (2), Pivetta defendeu o nome do deputado estadual Max Russi (PSB) para substituí-lo. No entanto, as legendas integrantes do grupo pediram prazo até esta sexta-feira para avaliar se validam ou não o projeto.
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Ao comunicar sua desistência, Pivetta disse que consertar o estado era um objetivo mais nobre. "A batalha só vale a pena quando o objetivo é mais nobre do que a tarefa que estamos realizando.Hoje me convenci que ajudar a consertar Mato Grosso da maneira que estamos fazendo é o melhor que posso para esse momento. Obrigado a todos que acenaram com a confiança e apoio ao meu nome".
Além do PV, também dá sinais de que pode deixar o grupo o MDB, do deputado federal Carlos Bezerra e o Solidaridade, que cogita lançar Pedro Taques. O grupo em torno de Pivetta era formado por PDT, PSB, MDB, PCdoB, Republicanos, Cidadania, PV e SD.