NOTICIÁRIO Quarta-feira, 07 de Abril de 2021, 09:08 - A | A

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TRILHOS EM CUIABÁ

Secretário e senadores cobram ministro que Ferronorte entre no Plano Nacional de Logística

Da Redação com Assessoria

O secretário de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento, Francisco Vuolo, cobrou a inserção da Ferrovia Senador Vicente Vuolo (Ferronorte) no Plano Nacional de Logística, lançado no dia 30 de março, pela Empresa de Planejamento e Logística. A reivindicação do gestor recebeu o apoio dos senadores Jayme Campos (DEM) e Wellington Fagundes (PL). A reclamação de Vuolo se faz necessária porque no plano não está inserido o trecho da ferrovia que ligará Rondonópolis, passando por Cuiabá, e chegando a Lucas do Rio Verde. 

Houve um compromisso do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, para a inclusão deste traçado da ferrovia na execução da Ferronorte. “Se o ministro assumiu o compromisso com nossos senadores, o primeiro passo dele para cumprir esse compromisso seria inserir isso no Plano Nacional. Ele quer a aprovação do PLS 261 para que dê a ele a condição de aprovar ferrovias, é óbvio que os senadores não darão essa autorização se ele não tiver garantindo aquilo que ele prometeu. O compromisso não tem que estar só na palavra, tem que estar na atitude. Nós não questionamos as outras ferrovias, defendemos todas, em que pese temos alguns questionamentos a fazer, mas o mais importante é que precisamos da extensão da ferrovia Senador Vicente Vuolo e ela não depende do Governo Federal em nada, os projetos já estão prontos e os recursos são exclusivamente da iniciativa privada”, explicou o secretário.

Quando foi escolhido pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) para ocupar o cargo que desempenha atualmente, uma das exigências do chefe do Executivo Municipal era que Vuolo trabalhasse para que os trilhos da Ferronorte chegassem até a capital. Hoje já existe um terminal em funcionamento na cidade de Rondonópolis, o que facilitou o escoamento de parte da produção mato-grossense. 

O ministro busca apoio para aprovação do PLS 261 de 2018, que dispõe sobre a exploração indireta, pela União, do transporte ferroviário em infraestruturas de propriedade privada, autoriza a autorregulação ferroviária e disciplina o trânsito e o transporte ferroviário dentre outras providencias.

De acordo com o Ministério da Infraestrutura, o Plano Nacional de Logística (PNL) 2035 reúne uma série de dados e informações que contribuem para análises específicas e para o constante uso do planejamento na tomada de decisões estratégicas por parte do governo federal, governos dos estados e do Distrito Federal, municípios, agências reguladoras, empresas públicas e privadas, inseridas no sistema de transportes nacional.

Em fevereiro deste ano, o prefeito Emanuel Pinheiro e o secretário Vuolo haviam comemorado o parecer favorável do ministro a autorização da extensão da ferrovia Senador Vicente Vuolo de Rondonópolis até Cuiabá, após reunião de Freitas em Brasília com os senadores de Mato Grosso.

“Cuiabá é o maior polo consumidor do estado, com toda logística e condições de receber a ferrovia e estrategicamente, promover o desenvolvimento econômico, gerando emprego e renda, em uma região que temos uma condição muito maior de integração e de carregamento da nossa produção e dos nossos fretes. A ferrovia Senador Vicente Vuolo tem que ser inserida no Plano Nacional, assim como as outras”, declarou o prefeito de Cuiabá.

No total, existem três grandes projetos ferroviários para Mato Grosso: a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), que vem de Goiás até Água Boa e futuramente vai chegar a Lucas do Rio Verde, integrando o estado de leste a oeste; a Ferrogrão, saindo Miritituba com destino a Sinop e Sorriso; e a Ferrovia Vicente Vuolo (Ferronorte), com 755 km de extensão, que liga Santa Fé do Sul (SP) até Rondonópolis (MT), que teve seu terminal inaugurado em 2013. Em seu percurso está prevista a passagem por Cuiabá, ligando a baixada cuiabana a Lucas do Rio Verde.

Hoje, 20 milhões de toneladas são escoadas pelos trilhos que chegam até Rondonópolis. Com a expansão da Ferrovia Senador Vicente Vuolo, passando pela baixada cuiabana e seguindo até Lucas do Rio Verde, mais que dobrará a quantidade de carga transportada. Isso significa desenvolvimento econômico, geração de empregos e uma oportunidade de conexão com outras cidades de Mato Grosso e outros estados, barateando o frete e criando a possibilidade de desenvolvimento do polo industrial de Cuiabá.



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