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ÓBITO REGISTRADO

Cuiabá registra aumento de casos de esporotricose e capacita profissionais

Da Redação

Cuiabá tem registrado aumento preocupante de casos de esporotricose em humanos e animais. Até setembro de 2025, foram notificadas 17 ocorrências em pessoas, sendo 11 em mulheres, com um óbito confirmado. Entre os animais, já são 50 notificações, das quais 18 tiveram diagnóstico positivo.

A situação levou a Secretaria Municipal de Saúde a investir na preparação da rede. Nos dias 11 e 12 de setembro, profissionais da atenção primária, secundária, especializada, terciária e da vigilância em saúde participaram de uma capacitação no auditório da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

O treinamento foi conduzido pela Vigilância Epidemiológica de Cuiabá, em parceria com o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), o Hospital Universitário Júlio Müller e a UFMT. O objetivo é padronizar o diagnóstico, o manejo e o encaminhamento de pacientes humanos e animais com suspeita da doença.

De acordo com Weslen Santana Padilha, coordenador do CIEVS, a medida busca evitar uma crise maior. “Tivemos nosso primeiro caso humano em 2023, importado de outro estado. Em 2024, houve confirmações apenas em animais, e agora, em 2025, já registramos quatro casos confirmados em humanos residentes e cerca de 50 notificações em animais, com 18 confirmados até setembro. Nosso objetivo é mitigar a doença e evitar que ela se torne uma emergência em saúde pública”, explicou.

A capacitação também incluiu orientações sobre o fluxo de atendimento. A coordenadora da Vigilância em Zoonoses, Alessandra Carvalho, destacou que a população deve acionar o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) em casos suspeitos, especialmente envolvendo gatos. O contato pode ser feito pelo telefone (65) 3318-6059 ou presencialmente no CCZ.

O que é a esporotricose

A esporotricose é uma micose causada por fungos do gênero Sporothrix, presentes no solo, plantas e, principalmente, em gatos doentes. Nos seres humanos, a doença costuma se manifestar por lesões na pele, geralmente em forma de feridas ou nódulos avermelhados que podem evoluir ao longo do tempo. Em casos mais graves, pode atingir ossos, pulmões e outros órgãos.

A transmissão para pessoas acontece, em geral, pelo contato direto com animais infectados — especialmente gatos — por meio de arranhões, mordidas ou do contato com secreções das feridas. Também pode ocorrer pela manipulação de plantas ou solo contaminados.

Apesar da ligação com os felinos, especialistas reforçam que não é preciso temer os gatos, mas sim redobrar os cuidados. Animais com suspeita da doença não devem ser abandonados nem sacrificados de forma indevida. O correto é procurar o Centro de Controle de Zoonoses ou atendimento veterinário, para diagnóstico e tratamento adequados.

 



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