A atriz Leandra Leal, 38, sugeriu durante participação no Altas Horas (Globo) que a sociedade faça uma autocrítica em relação à eleição do presidente Jair Bolsonaro. "Como a gente deixou o Bolsonaro ser eleito presidente?", ela questionou.
"Ele já falava sobre preconceito, já destilava o seu ódio, já falava sobre homofobia, já espalhava fake news." Para a atriz, justificar o voto em Bolsonaro afirmando que na época da eleição a escolha era difícil é relativizar o preconceito, o racismo e a homofobia.
"O desprezo que ele tem pelas pessoas, a falta de empatia, como ele imita as pessoas com falta de ar, ele já tinha isso no discurso, já tinha isso em sua prática", afirmou.
Leandra pediu atenção nas próximas eleições e, também, que não achem que posicionamentos como o do presidente são piadas. "Não é piada. Preconceito não é piada. É sério. Olha o que a gente está passando", disse.
"Estamos passando uma pandemia, mas tem inúmeras outras injustiças que a gente pode continuar passando em nosso país. E eu espero muito que essa seja uma lição desse momento", acrescentou.
Nos últimos dias, vários artistas se posicionaram abertamente contra Bolsonaro. Os Titãs, por exemplo, usaram as redes sociais para demonstrar insatisfação com os rumos do país.
"Chega de destruição!", afirmaram em texto publicado nas redes sociais. "O atual governo ataca o meio-ambiente, a cultura, a ciência, a tolerância, a diversidade, o bom senso e a democracia. Nos posicionamos com a maioria de brasileiros que desejam o fim imediato de tanta incompetência, descaso e desumanidade. Fora Bolsonaro!"
Criticada nos últimos meses por não se posicionar politicamente, Ivete Sangalo, publicou na terça (22) um comunicado em que afirma que o atual governo brasileiro não a representa, mas que isso será resolvido nas próximas eleições pelo poder do voto.
"Meus zamuris, entendo o quão necessário é nesse momento não estabelecer dúvidas sobre o que acredito. Esse governo que aí está não me representa nem mesmo antes da ideia dele existir. E isso vamos resolver quando unirmos forças nas próximas eleições, através do poder do voto", escreveu.
"Quinhentas mil mortes. É sobre Fora Bolsonaro, sim! A favor da democracia, da economia, da saúde, da educação, do senso coletivo", afirmou a cantora Anitta. Juliette Freire, a campeã do BBB 21, seguiu Anitta na manifestação contra o governo Bolsonaro.
"O que me deixa triste é o Bolsonaro no poder. O que me deixa com tesão... vacina no meu braço, seria um tesão!", disse a cantora Pabllo Vitar em entrevista à Folha. Outro posicionamento recente foi o do cantor Djavan, também pelas redes sociais.
"Em 2018, tentaram me associar a esse governo por eu ter dito em entrevista que tinha esperança no futuro do Brasil. O futuro, para mim, pertence ao povo que sempre poderá buscar, nas ruas e nas urnas, as transformações sociais que farão do Brasil um país livre e próspero", disse. "Eu não votei no Bolsonaro e não apoio o seu governo".