O dia 25 de novembro ficará marcado na história pelo dia da morte de Diego Armando Maradona, um craque do futebol, e também do cubano Fidel Castro. Coincidentemente, os dois amigos faleceram no mesmo dia, com quatro anos de diferença - o ex-líder da ilha caribenha morreu em 25 de novembro de 2016.
A relação dos dois sempre foi muito próxima, a ponto de Maradona tatuar a imagem do cubano em sua panturrilha esquerda - no bíceps direito tinha tatuado o rosto de Ernesto "Che" Guevara. E um fato marcante na vida do ex-jogador motivou essa adoração por Fidel: foi o ex-líder daquele país caribenho que estendeu a mão para Maradona se tratar da dependência das drogas.
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Em 2000, o craque foi para Cuba para encarar de frente sua dependência química e lá fez amigos e se apaixonou pelo povo local e pela ilha. "Não sou comunista, mas sou 'Fidelista' até a morte", chegou a dizer Maradona.
O contato era tão próximo que certa vez, em Havana, Maradona ensinou Fidel a brincar com uma bola de futebol em um dos muitos encontros que tiveram. Isso ocorreu a portas fechadas no Palácio da Revolução de Havana, em uma ilha que tem uma paixão pelo beisebol - Fidel inclusive gostava mais deste esporte do que de futebol.
Em sua autobiografia "Yo soy el Diego", Maradona incluiu o amigo em sua dedicatória. "A Fidel Castro e, por meio dele, a todo o povo cubano", escreveu. Os dois estiveram juntos ainda em um programa televisivo de entrevistas que Maradona teve na Argentina e o ex-jogador sempre se mostrou a favor dos políticos notadamente de esquerda.
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Maradona bradou contra o imperialismo e se aproximou ainda de Hugo Chávez, ex-presidente da Venezuela, e já teve encontro com o brasileiro Luis Inácio Lula da Silva, que lamentou a morte. "No campo, foi um dos maiores adversários, talvez o maior, que a seleção brasileira já enfrentou. Fora da rivalidade esportiva, foi um grande amigo do Brasil. Só posso agradecer toda sua solidariedade com as causas populares e com o povo brasileiro. Maradona jamais será esquecido", disse Lula.