A primeira parcial da pesquisa realizada durante o show do Guns N’ Roses, em Cuiabá, na última sexta-feira (31), indica que a maior parte do público presente na Arena Pantanal era formada por moradores de Mato Grosso. Segundo o levantamento, 66,14% dos participantes eram do próprio estado, enquanto 33,46% vieram de outras regiões do país. Houve ainda registro de 0,39% de visitantes de países vizinhos, como a Bolívia.
O estudo está sendo conduzido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), por meio do programa Descubra Mato Grosso, em parceria com a Prefeitura de Cuiabá, UFMT, IFMT e Unic. O resultado completo deve ser divulgado em até 20 dias.
A pesquisa busca traçar o perfil dos turistas e mensurar o impacto econômico de um dos maiores eventos já realizados na capital mato-grossense. Durante o show, que reuniu público estimado em 40 mil pessoas, as equipes aplicaram questionários para identificar origem dos visitantes, tipo de hospedagem, gastos, tempo de permanência e intenção de retorno à cidade.
De acordo com a coordenadora de Pesquisa e Planejamento da Secretaria Adjunta de Turismo, Gláucia Regina da Silva, cerca de 300 questionários foram aplicados entre 15h e 18h, com alta receptividade dos participantes.
“O público demonstrou muito interesse em contribuir. Muitos visitantes comentaram que desejam conhecer melhor Mato Grosso e pediram mais eventos dessa dimensão. Agora iniciamos a tabulação dos dados e acreditamos que, em até 20 dias, teremos o resultado consolidado. Foi uma equipe pequena, mas muito comprometida. Essa integração entre Estado, município e universidades faz a diferença na produção de dados de qualidade”, afirmou.
Para o coordenador de pesquisa da Unic, Osvaldo Borges, a iniciativa contribui para aprimorar a análise sobre grandes eventos e fornece subsídios para melhorar a estrutura turística da capital.
“É fundamental que as instituições se unam para gerar conhecimento. Universidades têm pesquisadores e metodologia; o poder público, por sua vez, necessita de informações. Quando juntamos essas forças, produzimos dados que ajudam no desenvolvimento do setor público”, destacou.
Após a conclusão da tabulação, os resultados serão comparados a dados de emissão de passagens aéreas e rodoviárias, além de indicadores de arrecadação do ICMS em setores diretamente ligados ao turismo, como hospedagem, alimentação e transporte. A intenção é mensurar, com precisão, o impacto econômico de um evento internacional na dinâmica turística e econômica de Cuiabá.
Abertura e clima inicial
Na noite de 31 de outubro de 2025, a Arena Pantanal se transformou em palco de um dos momentos mais marcantes da cena musical de Mato Grosso. A banda Guns N’ Roses subiu ao palco para mais de três horas de espetáculo — e não apenas repercutiu, mas criou uma atmosfera que misturou nostalgia, energia e grandiosidade.
A apresentação começou com a pulsante “Welcome to the Jungle”, uma escolha simbólica que imediatamente marcou o tom: selvagem, visceral, e em consonância com o calor de Cuiabá e a vibração de um público ansioso. Desde o primeiro acorde, o estádio pareceu ser invadido por um ímpeto coletivo — luzes, som, bateria — tudo convergiu para que a multidão sentisse estar em um momento “histórico”.
Repertório: clássicos e surpresas
O setlist exibiu o que se esperava de uma banda como Guns N’ Roses: uma sequência de hits inesquecíveis intercalados com surpresas e trechos instrumentais que reforçam a força ao vivo da formação atual.
Alguns destaques do repertório:
“Sweet Child o’ Mine” e “November Rain” — dois hinos que atravessam gerações, provocando cantos em uníssono da plateia.
“Paradise City” — encerrou o show com a energia máxima, símbolo de uma celebração coletiva.
Músicas como “Knockin’ on Heaven’s Door” e “Civil War” mostraram que a banda não se limitou apenas aos hits fáceis, apostando também em faixas mais reflexivas e impactantes.
Movimento e reação do público
A movimentação foi intensa. O público, estimado em mais de 40 mil pessoas, vivenciou cada momento como parte de uma grande celebração coletiva. Da entrada até o público no gramado e arquibancada, o ambiente era de festa, afinal, não se trata só de um show, mas de ver uma lenda do rock no coração de Mato Grosso.
As luzes, o som potente, os solos de guitarra, tudo culminou num espetáculo que fez com que muitos ali se sentissem parte de algo maior. Uma noite emblemática para a cidade, para a banda e para os fãs presentes. A escolha de músicas clássicas e o ritmo intenso mantiveram o público envolvido do começo ao fim.
Significado para Cuiabá
Mais do que uma apresentação de alto nível, o evento representou uma espécie de confirmação. Cuiabá pode sediar shows internacionais de grande porte, pode atrair público de diferentes estados (e até de fora), e se tornar parte do circuito de grandes turnês. Isso conecta diretamente ao levantamento sobre público do show e ao impacto que ele pode ter para o turismo e economia local.
Em resumo, foi uma noite em que rock & ritmo, nostalgia & energia, local & global se encontraram — e a capital mato-grossense saiu do espetáculo com uma nova vitrine.






