Nos últimos anos, vimos uma migração de verbas do offline para o digital. E longe de reclamar disso, afinal, tenho uma agência 100% digital que vive de criação de funis e vendas exclusivas pela internet, mas é preciso cautela com esse tipo de ação.
É chover no molhado (estou revelando minha idade com essa expressão) dizer que estamos quase que na totalidade do tempo conectados. Durante a quarentena, isso se deu ainda mais: o aumento foi entre 40% e 50%, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), e a alta foi ainda maior para servidores internacionais.
Se estamos conectados, é evidente que anunciantes de todos os tamanhos destinem suas verbas para o digital. Para piorar a situação, querem que essa publicidade digital seja destinada para o que chamamos de fundo de funil, aquela última ação de compra: o clique aqui e adquira agora ou o arraste para cima e garanta o seu. E aí que está o problema.
Tudo bem fazer isso, desde que essa pessoa que está nas redes sociais precise (no momento que está sendo impactado) desse produto ou serviço. Mas senão precisar, se não tiver a consciência exata do que está sendo oferecido a ele, aquele lindo post de venda não ganhará nem uma simples curtida.
E aí que o trabalho do offline aparece. Dando posicionamento, aumentando a lembrança de um serviço ou de todo um segmento. Fazendo com determinado serviço ou produto seja desejado. Aí, quando esse produto vai para internet…. clique, venda e anunciantes satisfeitos.
Quer prova disso? Já contou a quantidade de anunciantes de serviços digitais que anunciam nas chamadas mídias offline: quem já viu outdoor da Uber? Anúncios de TV do Facebook, Whatsapp e de jogos online? Empenas e adesivos da Netflix?
É preciso saber o papel de cada meio e como eles podem trabalhar juntos. Cada um na sua - e todo mundo junto.