A Companhia Mato-grossense de Gás – MT Gás, empresa pública que vem avançando em seu processo de recuperação financeira e na reestruturação de seu funcionamento na exploração e distribuição de gás no estado, obteve uma vitória importante nessa trajetória de viabilização: venceu uma ação judicial contra a União e conseguiu recuperar R$ 13,6 milhões que estavam retidos em razão de cobrança indevida de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica.
A decisão foi tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em junho deste ano, depois de recurso da União ter sido rejeitado. Agora, o juiz federal Hiram Armênio Xavier Pereira, substituto na 2ª Vara Cível da SJMT, determinou o levantamento dos valores e o depósito em conta da Companhia.
A MT Gás retomou a compra do gás boliviano no ano passado e está fornecendo o GNT para empresas do Distrito Industrial, além da distribuição do GNV – Gás Natural Veicular. Implantou um programa de fomento à transformação de veículos de transporte de passageiros – táxi e uber – com um projeto de financiamento em parceria com a Desenvolve MT, a agência de fomento do governo estadual, com financiamentos que variam entre R$ 3,5 mil e R$ 5 mil para a conversão de veículos.
A parceria entre a MT Gás e a Desenvolve MT também oferece financiamento para a conversão de usuários industriais em valores que vão de R$ 300 a R$ 700 mil reais a depender do porte da indústria.
O presidente da Companhia, Rafael Reis, estima que no uso veicular é possível alcançar cerca de 45% de economia em comparação com o etanol. “O combustível em si terá o preço compatível com o do etanol, mas é altamente mais eficaz. Quando você roda de 5 a 7 quilômetros com o álcool, você roda de 11 a 13 com um metro cúbico (m³) de gás.”, explica sobre as vantagens para veículos automotores.
A MT Gás segue com projetos de ampliação dos serviços de distribuição de gás, inclusive do gás de cozinha, que poderá ser vendido fracionado já no próximo ano.
A MT Gás está ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, comandada por César Miranda e é presidida por Rafael Reis, com Toco Palma como diretor administrativo e financeiro.