Preso nesta terça (17) pela Polícia Civil de Mato Grosso, Alan Diego dos Santos publicou vídeos em suas redes sociais de atos com a presença de José Acácio Serere Xavante e de audiência pública para questionar o resultado das eleições. Alan se entregou à Polícia Civil nesta terça-feira e já foi encaminhado para o presídio da Papuda, onde estão os demais presos por participação em atos antidemocráticos registrados na capital federal.
No dia 24 de novembro, Santos postou imagens das primeiras manifestações em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília.
Seis dias depois, no dia 30, ele publicou vídeo de dentro do Senado, durante sessão da CTFC (Comissão de Fiscalização e Controle) do Senado que debatia "indícios de anomalia no processo eleitoral de 2022".
Já no dia 2 de dezembro, Santos compartilhou vídeos de manifestações golpistas no Aeroporto de Brasília. O local foi o mesmo onde haveria a tentativa de explosão de uma bomba, na véspera do Natal.
As imagens mostram em destaque um grupo de indígenas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), comandado por Serere Xavante.
Santos também esteve no local do primeiro discurso de Bolsonaro após a derrota para Lula nas urnas. O ex-presidente ficou 37 dias sem se manifestar publicamente após perder as eleições.
QUEM SÃO OS 3 RÉUS SUSPEITOS DA BOMBA NO DF
- George Washington de Oliveira Souza
- Alan Diego dos Santos
- Wellington Macedo de Souza
Em decisão, o juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal do Distrito Federal, afirma que a denúncia do Ministério Público preenche os requisitos para abrir uma ação penal contra o trio.
A decisão foi publicada no dia 10, mas só se tornou pública após o magistrado levantar o sigilo do processo na sexta-feira (13).
George Washington de Oliveira Souza foi preso logo após a descoberta do artefato. Ele confessou o plano, disse que gastou R$ 170 mil com armas para um possível atentado e acusou Alan Diego dos Santos de ser parceiro na tentativa do crime.
Wellington Macedo de Souza teria posto o artefato no caminhão com querosene nas proximidades do aeroporto.
Alan Diego dos Santos teria auxiliado na preparação do artefato explosivo.
Transferência
Alan Diego dos Santos, morador da cidade de Comodoro, foi recambiado nesta quarta-feira (18) pela Polícia Civil de Mato Grosso até o Aeroporto de Vilhena, em Rondônia, onde embarcou para Brasília escoltado por policiais civis.
Uma aeronave da Polícia Civil do Distrito Federal estava aguardando Alan Diego no aeroporto, com uma escolta da insituição, que o encaminhará à Brasília, onde ele ficará no presídio da Papuda, à disposição da Justiça.
Na manhã desta quarta-feira, Alan passou por audiência de custódia e em seguida foi escoltado por equipe da Delegacia da Polícia Civil de Comodoro até a cidade de Vilhena.
Prisão
Na tarde de terça-feira (16), Alan Diego se entregou na Delegacia de Comodoro, onde foi cumprido o mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça do Distrito Federal. Ele foi investigado pela Polícia Civil, que o identificou como um dos responsáveis pela tentativa de explosão de uma bomba, em um caminhão de combustível, no Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek, em 24 de dezembro de 2022. Na semana passada, ele se tornou réu, após o juízo da 8ª Vara Criminal do Distrito Federal acatar a denúncia contra ele e mais dois investigados pelo crime.
Durante a semana passada, equipes da Polícia Civil de Mato Grosso cumpriram mandados de buscas, decretados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para apurar informações que pudessem levar à localização de Alan Diego, que estava foragido desde que sua prisão foi expedida.
As equipes das Delegacias de Vila Bela da Santíssima Trindade e de Comodoro também fizeram contato com pessoas próximas ao suspeito e, após as tratativas, nesta terça-feira (17), Alan Diego se apresentou aos delegados Ricardo Sarto e Eduardo Ribeiro, na Delegacia de Comodoro, onde foi cumprido o mandado de prisão.