Depois da morte de Ezequias Souza Ribeiro, o advogado de defesa de Edgar Ricardo de Oliveira, Marcos Vinicius Borges, anunciou que seu cliente vai se entregar à polícia nesta quinta-feira (23). Para isso, exigiu a presença da imprensa e que possa ser acompanhado dentro da viatura. Essas exigências foram feitas a fim de preservar sua integridade física, conforme o advogado.
Ezequias foi morto durante confronto com policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), numa região de mata, há 15 km do centro de Sinop, sentido aeroporto. A polícia chegou à localização mediante denúncia anônima. Ele chegou a ser levado ao Hospital Regional, mas não resistiu ao ferimento.
Edgar se comprometeu a se render, afirmou não estar armado e que deseja apenas que sua prisão seja pacífica. O delegado responsável pelo caso, Braúlio Junqueira, disse que havia deixado o número de contato com a mãe de Edgar para que ele pudesse se entregar. Lembrou que o caso teve repercussão nacional e que é apenas uma questão de tempo até que a prisão seja concretizada.
Ezequias e Edgar cometeram a chacina utilizando uma pistola 380 e uma espingarda calibre 12. Entre os sete mortos está uma garota de apenas 12 anos, filha do homem para quem Edgar perdeu quantia expressiva de dinheiro jogando de forma apostada sinuca no Bruno Snooker Bar, no Jardim Lisboa, em Sinop. A chacina ocorreu na terça-feira de Carnaval. Desde então uma força-tarefa foi criada para prender os responsáveis pelo crime.
Edgar tem certificado registro emitido pelo Exército Brasileiro, conforme informou a Federação de Tiro de Mato Grosso. Em nota, a Federação ainda negou que ambos estejam vinculados a algum clube de tiro no estado. Pontuou que Edgar chegou a fazer parte, mas foi desligado por falta de frequência no local, como determina a legislação.
