NOTICIÁRIO Domingo, 09 de Agosto de 2020, 11:52 - A | A

Domingo, 09 de Agosto de 2020, 11h:52 - A | A

AUXÍLIO HUMANITÁRIA

Bolsonaro anuncia ajuda ao Líbano e convida Temer para chefiar missão ao país

Estadão Conteúdo

O presidente Jair Bolsonaro anunciou neste domingo (9) o envio de uma missão de ajuda humanitária e técnica ao Líbano, para ajudar na reconstrução do país após as explosões que destruíram a região portuária de Beirute. De acordo com o presidente, a equipe brasileira pode ser chefiada pelo ex-presidente Michel Temer, que é filho de libaneses, e foi convidado para assumir a função. A declaração foi feita durante uma conferência organizada pelo presidente da França, Emmanuel Macron.

Entre as medidas anunciadas, estão o envio de medicamentos e insumos básicos médicos em um avião da Força Aérea Brasileira e a destinação de quatro mil toneladas de arroz para atenuar os efeitos da perda de cereais. Bolsonaro também afirmou que negocia com o governo libanês o envio de uma equipe técnica para colaborar na perícia que investiga a explosão.

"Neste momento difícil, o Brasil não foge à sua responsabilidade", afirmou Bolsonaro durante a teleconferência. O presidente também voltou a manifestar condolências às famílias das vítimas e disse que uma união internacional é necessária para enfrentar as consequências da explosão.

Trump cobra investigação

Donald Trump também participou do evento e aproveitou para cobrar uma investigação para apurar as causas da explosão. Após discursos contraditórios do governo norte-americano sobre a tragédia, Trump pressionou a comunidade internacional para descobrir o que de fato aconteceu.

"Foi acidente de fato? Se foi acidente, foi um acidente tremendamente horrível. Cabe saber: será que foi outra coisa diferente que não um acidente?", questionou o presidente.

Na terça-feira, 4, após a explosão, Trump chegou a afirmar que o desastre ocorrido na região portuária de Beirute parecia ter sido um "ataque". Neste domingo, 9, porém, ele condicionou a avaliação a uma investigação. "Uma investigação deve ser feita com muito empenho e, se houve qualquer coisa diferente do que hoje lemos, e tenho recebido diferentes leituras do que pode ter acontecido na tragédia, esperamos que ocorra uma investigação prontamente."

Presidente promete responsabilizar culpados

Sob pressão internacional, o presidente do Líbano, Michel Aoun, prometeu investigar e responsabilizar todos os culpados pela tragédia. O governo do Líbano é acusado de negligência na explosão e está à beira de uma crise humanitária após a destruição de estoques de comida e remédios.

O comando do país enfrenta manifestações nas ruas. Na sexta-feira, 7, Aoun disse que a tragédia pode ter sido causada "por intervenção externa", citando a hipótese de "um míssil".

Neste domingo, 9, o presidente do país árabe prometeu combater a corrupção e empreender reformas após a destruição, em uma tentativa de responder ao cenário. Ele recebeu declarações de condolências na reunião, mas também ouviu cobranças para uma investigação internacional sobre o ocorrido.

"Ninguém está acima da lei. Comprometi-me com cada cidadão libanês que toda pessoa cuja participação ficar comprovada será responsabilizada em conformidade com a legislação libanesa vigente", disse.

Renúncia

A ministra da informação do Líbano, Manal Abdel Samad, renunciou ao cargo neste domingo. O anúncio acontece enquanto o país luta com as consequências da explosão devastadora que atingiu a capital e elevou a revolta da população.

A renúncia veio após uma noite de protestos contra a elite governante. As manifestações culpavam o governo pela má administração e corrupção crônicas que, acredita-se, estariam por trás da explosão em um armazém no porto de Beirute.

A mídia local também informou que outro ministro e um assessor próximo do primeiro-ministro Hassan Diab também deveriam renunciar. Diab se reuniu com seu gabinete para discutir as demissões no domingo, mas não houve comentários após a reunião.

“Dada a magnitude da catástrofe causada pelo terremoto de Beirute que abalou a nação e feriu nossos corações e mentes, e em respeito aos mártires e às dores dos feridos, desaparecidos e deslocados, e em resposta ao desejo público de mudança, eu me demito do governo", escreveu Manal Abdel Samad.



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