Boletim informativo divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde aponta que 214 pessoas estão a espera de um leito em uma unidade de terapia intensiva exclusiva para Covid-19. A taxa de ocupação de leitos de alta complexidade vem caindo, mas a demanda não para de crescer.
No último domingo a taxa de ocupação de leitos adulto chegou a 96,65%. É uma tímida retração, uma vez que a porcentagem já esteve em 99%. Já nos leitos de UTI pediátrica, a taxa é de 90%. Apenas um leito está desocupado, enquanto na UTI adulto são 17 livres.
Ao todo o Governo de Mato Grosso abriu 535 leitos de UTI exclusivos para Covid-19 e anunciou a ampliação da rede. No entanto, segundo o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, enquanto a sociedade não se conscientizar de que precisa seguir medidas não farmacológicas, como o distancimento social, não será suficiente a expansão do número de leitos. As medidas precisam ser seguidas até mesmo quando a vacinação conseguir alcançar boa parte de população.
Dados do Índice de Isolamento Social feito pelo Inloco, mostram que Mato Grosso está abaixo dos 30%, considerado o pior desempenho do país. O ideal para frear a disseminação do vírus é chegar a pelo menos 75%.
Nas últimas semanas Mato Grosso observou um aumento de 30% no número de infectados pela doença e diante do cenário de colapso, o Governo do Estado publicou o decreto 874, que recomenda às prefeituras medidas mais rígidas, como adoção de quarentena obrigatória, quando a classificação de risco for muito alta para Covid-19. Ao todo, 50 cidades se encontram neste enquadramento, mas apenas Rondonópolis, Torixoréu, Várzea Grande, Cáceres e Sinop, até o momento, editaram decretos. Rondonópolis sequer adotou a quarentena obrigatória.
Até o momento, Mato Grosso registra 302.211 contaminados pela doença e 7.370 mortos por complicações do coronavírus.
Ranking divulgado pela Exame mostra Cuiabá e Várzea Grande entre as 10 cidades do país com maior taxa de mortalidade pela Covid-19 por 100 mil habitantes.
Cuiabá ocupa o terceiro lugar (306,4 mortos para cada 100 mil habitantes) no ranking e Várzea Grande aparece em sétimo (268,4 mortos para cada 100 mil habitantes).