A Polícia Federal deflagrou uma ampla operação nesta quinta-feira (8), tendo como um dos principais alvos o ex-presidente Jair Bolsonaro, em um inquérito que investiga tentativas de golpe de Estado e atentados contra o Estado Democrático de Direito. Medidas restritivas severas foram impostas a Bolsonaro, incluindo a proibição de sair do país e a obrigação de entregar seu passaporte em 24 horas, além de restrições de comunicação com outros investigados. O presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, foi preso nesta manhã, por posse irregular de arma de fogo. A prisão foi efetuada no momento em que a Polícia Federal cumpria mandado de busca e apreensão no âmbito da operação Tempus Veritatis.
Entre os alvos da operação, estão figuras proeminentes do círculo militar e político aliado ao ex-presidente, incluindo militares de alta patente e membros influentes do governo anterior. A operação, que abrange vários estados brasileiros, é uma resposta direta a ações que buscavam desacreditar o processo eleitoral e promover uma intervenção militar, com o uso de táticas de milícias digitais e a disseminação de narrativas falsas sobre fraude eleitoral.
Em uma ação sem precedentes, a Polícia Federal executou uma série de mandados judiciais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, com o ex-presidente Jair Bolsonaro como figura central nas investigações que apuram a formação de uma organização criminosa dedicada a subverter o sistema democrático do país. Bolsonaro, agora enfrentando restrições significativas, incluindo a proibição de viagens internacionais, está entre os diversos aliados políticos e militares implicados no caso.
As autoridades cumpriram 33 mandados de busca e apreensão, efetuaram quatro prisões preventivas e impuseram 48 medidas cautelares diversas. Dentre os alvos de destaque, figuram nomes como Walter Braga Netto, Augusto Heleno e outros associados ao governo anterior, bem como militares das Forças Especiais, todos supostamente envolvidos em um esquema para desestabilizar a ordem democrática e fomentar um golpe de Estado.
Os núcleos investigados são acusados de preparar o terreno para uma ação anticonstitucional, promovendo teorias de conspiração sobre fraude nas eleições presidenciais de 2022 e incentivando uma intervenção militar. Tais atividades são classificadas pela PF como crimes contra a segurança nacional e a ordem política e social do Brasil. A operação da PF ocorreu em uma escala nacional, abarcando estados de norte a sul, evidenciando a complexidade e a gravidade das ações investigadas.
A cooperação do Exército Brasileiro com a Polícia Federal sublinha a seriedade das acusações e o comprometimento das Forças Armadas com a preservação da democracia. A operação ainda está em andamento, e os desenvolvimentos continuam a ser monitorados de perto pelas autoridades e pela população brasileira.
Prisão de Valdemar da Costa Neto
O presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, foi preso nesta manhã, por posse irregular de arma de fogo. A prisão foi efetuada no momento em que a Polícia Federal cumpria mandado de busca e apreensão no âmbito da operação Tempus Veritatis.
A arma encontrada no seu endereço estava com a documentação vencida e registrada em nome do filho do político. As informações ainda são imprecisas sobre a permanência de Costa Neto na prisão.