A morte de Jonath da Silva Rosário em Chapada dos Guimarães no dia 1º de outubro segue causando polêmica no município. O homem de 23 anos foi atingido por um tiro disparado por um PM quando passava pela rua em uma moto. Encarregado pela Polícia Judiciária Militar para acompanhar o caso, o tenente Valdivino fez um desabafo motivado por uma série de retaliações que policiais militares que não tem relação com o episódio vem sofrendo.
“Vimos circular neste município em grupos de WhatsApp e redes sociais acusações e ameaças às nossas policiais femininas, inclusive expondo fotos das mesmas, levando perigo a estas e aos seus familiares ao ponto de recebermos informações e denúncias que haveria retaliações, inclusive com morte de policiais”, relata.
“Porém não ouvimos o ladrar dos que uivam por justiça, chamam policiais de bandidos, de despreparados e ofendem com comentários toda uma instituição, defender nenhuma das ou dos policiais que foram ameaçados. Ficam escondendo a cara e dizendo que querem justiça, mas não aguardam o tramitar do processo legal”.
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Na opinião do tenente, pessoas envolvidas nestas ameaças não estariam buscando justiça, mas “justiçamento”. “Todos nós estamos sujeitos a erros e acertos, sentimos pelo ocorrido! Mas não vamos pendurar ninguém em praça pública porque alguns pensam que temos medo de ganido. Se quer justiça, espere o tramitar do processo”, conclui.
O crime
Jonath trafegava em uma moto na região central de Chapada quando um dos policiais tentou parar o veículo com chutes quando o outro fez o disparo. O tiro acertou a coxa direita. Jonathan foi levado até o hospital pelo Samu e chegou a dar entrada no pronto atendimento, mas faleceu em seguida.
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Os policiais envolvidos foram afastados das atividades operacionais e foi instaurado inquérito para apurar o caso. Em decorrência da investigação, um deles foi preso no último sábado (4).