A edição 2025 da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas foi lançada nesta terça-feira (5) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Em Mato Grosso, a ação é coordenada pela Polícia Judiciária Civil, por meio do Núcleo de Pessoas Desaparecidas da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
Dados do Anuário Brasileiro da Segurança Pública, divulgado neste ano com referência às ocorrências de 2024, apontam que Mato Grosso é o sexta estado com maior número de desaparecidos no país. Foram 2.271 registros no ano passado, uma taxa de 50,2 pessoas desaparecidas a cada 100 mil habitantes.
A campanha ocorrerá até 15 de agosto com o objetivo de incentivar familiares de pessoas desaparecidas a fornecerem amostras de DNA. O material genético coletado será inserido nos bancos estaduais e no Banco Nacional de Perfis Genéticos, permitindo o cruzamento com dados de pessoas falecidas ou vivas sem identificação, o que pode auxiliar na localização e identificação de desaparecidos.
Além da coleta de novas amostras, a ação articula uma força-tarefa nacional para acelerar a análise de perfis genéticos já existentes que ainda aguardam processamento. A coordenação técnica está sob responsabilidade da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), com a participação de laboratórios de genética forense, delegacias especializadas e órgãos estaduais.
Os locais de coleta em Mato Grosso estão disponíveis nos sites da Polícia Civil, Politec e Delegacia Digital. Para participar, é necessário apresentar boletim de ocorrência de desaparecimento registrado em qualquer unidade da federação e documento pessoal do familiar do desaparecido.
Segundo o MJSP, a campanha tem como finalidade ampliar a capacidade de identificação por meio do uso de material genético, fortalecendo a cooperação entre estados e promovendo visibilidade ao tema dos desaparecimentos no país.