VIVA CHAPADA Segunda-feira, 17 de Junho de 2024, 07:10 - A | A

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PORTÃO DO INFERNO

Empresários de Chapada pedem socorro a Assembleia Legislativa

Laura Lucena
Da Redação

A classe empresarial de Chapada dos Guimarães, que amarga prejuízos desde o fechamento da praça Dom Wunibaldo para reforma, aguarda há mais de seis meses por uma solução definitiva para a questão da interdição do Portão do Inferno. A falta de acessibilidade está levando muitos empresários à beira da falência e a questão foi levada até a Assembleia Legislativa, onde várias sugestões foram apresentadas, mas nenhuma definitiva a destacar na questão da acessibilidade, além de linhas de crédito para socorrer os que estão em crise. 

Uma linha específica de crédito para Chapada dos Guimarães foi uma possibilidade que César Miranda, titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (SEDEC) disse estar em estudo. Enquanto o estudo não é concluído, Miranda pontuou que Mato Grosso possui as “melhores linhas de crédito e demais instituições financeiras públicas e privadas que contam com o MT Garantidor.  

O governo aportou R$ 100 milhões para o Fundo de Aval Garantidor que pode ser utilizado para complementar a garantia exigida na hora de contratar o financiamento. O MT GARANTE pode ser acessado por empreendimentos formalizados com CNPJ como Microempreendedor Individual (MEI), Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP). A adesão à garantia fornecida pelo MT GARANTE é condicionada à análise de crédito. E pode cobrir até 80% do valor do crédito contratado em financiamentos de até R$300 mil.  

Porém, todas as soluções empatam diante da acessibilidade que ficou difícil para com a interdição da MT-251, no trecho do Portal do Inverno, dentro do Parque Nacional de Chapada. O prefeito Osmar Froner já recebeu, em 12.06, da Fundação Uniselva, o laudo de segurança viária no referido trecho, mas não se manifestou a respeito até agora. 

Hoje, pela MT-251 o tráfego de caminhões, ônibus, vans, etc. está proibido. O trajeto pela Serra de São Vicente é bem mais longo e perigoso. A estrada de Água Fria até a capital fica intransitável no período chuvoso. O turista sumiu e o comércio da cidade vem enfrentando a necessidade de demitir funcionários para poder sobreviver. 

O presidente da Federação do Comércio de MT (Fecomércio) José Wenceslau de Souza Júnior, disse que o grande problema de Chapada é a acessibilidade e questionou o pare e siga no Portão do Inferno. Leigamente falando sobre o Portão do Inferno, ele questionou a vibração provocada pelo pare e siga, que acumula um grande número de carros passando ao mesmo tempo. Com o final das chuvas ele é a favor da liberação das pistas. 

Sobre o financiamento, o presidente da Fecomércio argumentou que o empresário precisa de clientes e propôs a liberação do pare e siga no Portão do Inferno e seja feito um movimento para levar as pessoas a frequentar Chapada dos Guimarães.  

“O empresário não quer dinheiro, quer fluxo de pessoas, dinheiro circulando”, disse ele, afirmando acreditar que o fluxo normal de veículos causa menos problemas de vibração no local do que passar 100 carros de uma só vez, como ocorre atualmente. Afirmou também que a interdição no Portão do Inferno não causou queda na arrecadação do município, segundo dados da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz). 

A informação foi questionada pelo presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), David Pintor, que pediu visibilidade para a conclusão da Sefaz sobre os empreendimentos em Chapada, uma vez que o município tem empreendimentos como o Malai Manso, onde hoje é difícil conseguiu um quarto sem reservar anes. “O faturamento do Malei na covid era um. Pós pandemia é outro”, enfatizou, assinalando que isto influencia na arrecadação total. 

A necessidade de uma unidade da MT Fomento em Chapada dos Guimarães foi um ponto levantado por Naide Kaayama, membro da FCDL, com experiência de longos anos como moradora de Chapada e diretora aposentada do Sebrae (Sistema de Apoio a Micro e Pequena Empresa). Ela assinalou também a necessidade da Prefeitura colocar em prática politicas que possam manter o turista na cidade. “Chapada é conhecida no mundo inteiro. Mas é preciso estratégias”, disse ela, se colocando à disposição para alavancar o setor de turismo. 

Rafaela Grando, representante da Sapoti, em Chapada há nove anos, disse que a situação já deveria ter sido resolvida. Ela assinalou que a empresa já teve que demitir e questionou se a liberação da MT-251, se vai poder passar caminhões.



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