VIVA CHAPADA Quinta-feira, 28 de Março de 2024, 16:22 - A | A

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RETALUDAMENTO

Obra no Portão do Inferno deve durar 4 meses; pare siga pode acabar em dois meses

Michely Figueiredo
Da Editoria

Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira (28), o governador Mauro Mendes (União), juntamente com o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira e a equipe técnica da pasta, anunciaram que a solução definitiva para o Portão do Inferno será o retaludamento, ou seja, o corte do morro para dar fim ao risco de deslocamento de blocos no local. A medida foi escolhida por apresentar o menor tempo de execução e valor. A previsão é que iniciada a obra, em quatro meses o trabalho esteja finalizado. Serão desembolsados R$ 29,5 milhões para a intervenção. 

O início dos trabalhos ainda depende da autorização tanto do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) como do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). O projeto foi protocolado para avaliação no dia 13 de março e houve reforço sobre a urgência do pedido no dia 27 de março. 

No entanto, o Governo de Mato Grosso já realizou a contratação, com dispensa de licitação, da empresa Lotuffo Engenharia para executar o retaludamento. Durante a coletiva de imprensa, foi assinada a ordem de serviço. Está previsto no documento que assim que os órgãos federais derem o aval para a obra, a empresa tem até 5 dias úteis para começar o trabalho no Portão do Inferno. 

A obra será realizada de segunda a sexta-feira, das 7:30 às 16:30, período em que o fluxo de veículos será interrompido no trecho. A trafegabilidade será mantida das 17 horas às 7 e aos sábados e domingos. 

Para o governador Mauro Mendes, com aproximadamente dois meses de obra, já será possível eliminar o sistema pare e siga, mesmo em dias com chuva. 

“O pare e siga continua. Eu como engenheiro, conhecendo o risco, não vou contrariar parecer técnico. Quando eliminar parte do morro, que é por degraus que rebaixa, assim que avançar dois meses nessa obra, já libera o pare e siga, acaba completamente. Vai ficar mais tranquilo porque a parte de risco será enfrentada primeiro. Isso diminui o transtorno e reduz a dúvida se pode ou não ir pra Chapada”, disse o chefe do Executivo. 

“A escolha do retaludamento se deu pelo custo de implantação baixo, pela complexidade baixa, pelo impacto socioeconômico baixo em função de todos os processos. O pare e siga continua, não bloqueia 100% da rodovia. O viaduto vira uma área de contemplação. O traçado sofre pouca alteração e suaviza uma curva, que hoje é ponto de preocupação”, disse um dos engenheiros da Sinfra ao apresentar o projeto. 

“O principal motivo da escolha dessa solução foi a rapidez na execução. Um túnel ia levar mais de ano, ponte estaiada dois anos. Essas eram soluções complexas, com valor mais caro e tempo maior, algumas criando mais transtorno, o que é impensável até o momento”, ponderou Mendes. 

Foram estudadas a viabilidade de um túnel curto com falso túnel, um viaduto e uma ponte estaiada, mas todos se mostraram menos eficazes que o retaludamento, segundo o Governo.

Conforme o governador, o corte do morro fará um recuo de 10 metros na pista. Não há risco de atingir o sítio arqueológico existente nas imediações da obra. Se porventura com o início das obras houver qualquer alteração que chegue ao sítio arqueológico – que está a aproximadamente 80 metros de onde a intervenção ocorrerá – um arqueólogo já está contratado para fazer o resgate do sítio. Serão retirados 180 mil metros cúbicos do morro. 

A solução também acaba com a restrição de carga. O tráfego de carretas pesadas, como bitrens, é proibido na via por se tratar de uma estrada parque e assim continuará. No entanto, desde dezembro, com os deslocamentos de massa registrados, uma portaria da Sinfra restringiu o tráfego no Portão do Inferno. Ônibus, micro-ônibus, caminhões que faziam o abastecimento da cidade, caminhonetes com carga, carretinhas não podem passar pelo trecho. Com o corte do morro, os veículos que antes trafegavam sem restrição, poderão retomar essa rotina. 

Com as mudanças, o viaduto hoje existente na região do Portão do Inferno será transformado em uma área de contemplação para turistas. Não será mais permitido o acesso de veículos naquele local. O acesso se dará a pé.

Esforço para autorização federal

Ladeado dos senadores Margareth Buzetti (PSD) e Wellington Fagundes (PL), além da deputada federal Coronel Fernanda (PL), o secretário chefe da Casa Civil, deputado federal Fábio Garcia, além do presidente da Assembleia, deputado Eduardo Botelho (União) e outros deputados, o governado Mauro Mendes apontou que o caminho agora é pressionar os órgãos federais para que a obra seja liberada. 

Foi requerida a dispensa de licenciamento ambiental e a autorização para início dos trabalhos. Para sensibilizar os órgãos federais, foram juntadas informações econômicas sobre o município de Chapada dos Guimarães. 

O secretário chefe da Casa Civil já articula para a próxima semana reunião com ICMBio e IBAMA para discutir o projeto. 

Veja como será a obra de retaludamento:



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