BLOG DO MAURO Terça-feira, 30 de Junho de 2020, 07:38 - A | A

Terça-feira, 30 de Junho de 2020, 07h:38 - A | A

PETIT COMITÊ

Em troca de cargos, apoio político e proteção

Mauro Camargo
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Para combater a fragilidade do seu governo, sob intenso bombardeio político e pedidos de impeachment, o presidente Jair Bolsonaro abandonou de vez seu discurso eleitoral e escancarou as portas do Planalto para membros do Centrão, a turma mais fisiológica do Congresso Nacional. A estratégia vem dando bons resultados, segundo informa o Estadão Conteúdo:

“Cada vez mais próximos do governo de Jair Bolsonaro, líderes do Centrão estenderam o apoio também à família presidencial. Alvo de uma investigação no Rio de Janeiro, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi recebido em jantar na casa do deputado Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos, que reuniu integrantes do grupo e também os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP)”.

De acordo com o Estadão, o “encontro ocorreu na quinta-feira passada, uma semana após a polícia prender o ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz, suspeito de comandar um esquema de "rachadinha" no antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O avanço das investigações contra o primogênito do clã Bolsonaro preocupa o Palácio do Planalto”.

E quanto maiores são as preocupações do presidente, mais generosa é a distribuição de cargos operacionais importantes na estrutura pública, todos com orçamentos milionários. É a velha política do toma-lá-dá-cá tomando assento no governo Bolsonaro.

Informa o Estadão que o líder do governo no Congresso, o senador Eduardo Gomes (MDB-TO) afirmou que o encontro teve clima "descontraído" e demonstrou o apoio que o Flávio tem entre os parlamentares. "Ele tem influência. Esse tipo de encontro é mais frequente do que as pessoas conseguem anunciar", disse Gomes, que também esteve no jantar na quinta passada.

Participaram, ainda, caciques do Progressistas, maior legenda do Centrão. Foram ao jantar o líder da sigla no Senado, Ciro Nogueira (PI), e o líder da maioria na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB).

Como mostrou o Estadão na semana passada, sem base de sustentação no Senado, o governo intensificou as negociações para distribuir cargos no momento em que oposição recolhe assinaturas para outra CPI no Congresso com base no caso envolvendo Flávio. Ao mesmo tempo, desde a prisão de Queiroz, no dia 18, líderes de partidos pressionam o Conselho de Ética do Senado para abrir processo de cassação contra o senador.

Anfitrião do jantar, Pereira atraiu a família Bolsonaro para o Republicanos - partido ligado à Igreja Universal - após o rompimento do presidente da República com o PSL, no ano passado. Além de Flávio, o segundo filho do presidente, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, se filiou à sigla.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. 



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