Quando o sucesso de uma tecnologia nacional vira "prática desleal" aos olhos de quem não a criou. Ah, o Pix! Nosso queridinho sistema de pagamentos instantâneos, que revolucionou a vida financeira de milhões de brasileiros, parece ter cruzado uma fronteira invisível e agora está sob o escrutínio dos Estados Unidos. Sim, o país que nos vendeu a ideia de livre mercado e inovação está investigando o Pix por supostas "práticas comerciais desleais". É quase como se tivéssemos inventado a roda e eles estivessem reclamando que ela é muito redonda.
A "preocupação" norte-americana, suspeita-se, reside na concorrência que o Pix impõe a gigantes como o WhatsApp Pay e às tradicionais bandeiras de cartão de crédito. Mas o ponto que realmente parece apertar o calo é a capacidade do Pix de se tornar uma alternativa ao dólar em algumas transações internacionais. Afinal, quem precisa de verdinhas quando se pode pagar com um QR Code rapidinho, não é mesmo? ????
É importante lembrar que o Banco Central brasileiro, ao suspender o WhatsApp Pay em 2020, agiu em defesa da regulação e da segurança do nosso Sistema de Pagamentos. Não se tratou de favoritismo, mas de soberania. O Brasil tem o direito e o dever de zelar pela integridade de seu sistema financeiro, garantindo que qualquer tecnologia que opere aqui esteja em conformidade com nossas leis e necessidades. E o resultado dessa autonomia é inegável.
O Pix não é apenas um meio de pagamento; é uma ferramenta de inclusão social e bancarização. Com ele, milhões de brasileiros, antes à margem do sistema financeiro, passaram a ter acesso a transações rápidas e gratuitas. Em 2024, movimentou impressionantes R$ 26,4 trilhões, um testemunho de sua eficiência e aceitação massiva. Ainda mais "ameaçador" para alguns, talvez, seja a chegada do Pix Parcelado, que promete dar um nó nas operadoras de cartão de crédito.
É a inovação brasileira em seu estado mais puro: desenvolvida para resolver problemas locais, mas com potencial para inspirar o mundo. Se isso é "desleal", talvez seja hora de redefinir o que significa concorrência no século XXI. No fim das contas, a investigação americana sobre o Pix é um lembrete de que a verdadeira inovação nem sempre vem de onde se espera, e que a capacidade de um país de criar e implementar suas próprias soluções é um pilar fundamental de sua soberania. O Brasil não pede licença para inovar, ele simplesmente inova.
O Brasil é a Nossa República!