A redução da alíquota de impostos sobre combustíveis, energia, telefonia, entre outros – tanto a promovida pelo Governo do Estado quanto a imposta pelo Governo Federal -, começa a impactar os cofres públicos. Estimativa da Secretaria de Fazenda é a de que Mato Grosso deve perder este ano de 2022, algo em torno de 1 bilhão de reais em receitas próprias.
O Estado também registra redução no Fundo de Participação dos Estados (FPE). Apenas em setembro a queda chegou a 17,01%, se comparado ao mês anterior. Isso atinge não apenas os investimentos do Estado, mas também os cofres das prefeituras das 141 cidades de Mato Grosso, com a consequente diminuição do volume de repasses aos municípios.
A redução de receitas projeta um ano novo com a necessidade de ajustes fiscais, corte de investimentos, desaceleração de obras e a busca de alternativas para a ampliação da matriz econômica do Estado.
O governador Mauro Mendes (UB) já avalia que o cenário internacional também deve castigar a economia brasileira e estadual e busca alternativa para manter e até ampliar as receitas estaduais.
Uma das medidas deve buscar ampliar a matriz econômica do estado, hoje bastante centrada no agronegócio. Mato Grosso é um grande produtor de commodities, mas as exportações são desoneradas pela Lei Kandir e o que fica são os impostos indiretos.
Com isso, o foco deve ser a agroindustrialização e outras atividades importantes como o turismo e a agricultura familiar, por exemplo, que podem gerar empregos, distribuir renda e melhorar a arrecadação de impostos.
Mauro Mendes já articula com o Legislativo estadual a aprovação de empréstimos internacionais com o objetivo de fomentar o desenvolvimento de alternativas econômicas capazes de compensar as perdas ocasionadas pela redução da alíquota dos impostos e da esperada crise pela qual o país deve atravessar, independentemente de quem vencer as eleições do dia 30 de outubro.