CONTEMPORANEIDADES Sexta-feira, 04 de Dezembro de 2020, 10:16 - A | A

Sexta-feira, 04 de Dezembro de 2020, 10h:16 - A | A

SILENE FERREIRA

Arcano 1, O Mago

Silene Ferreira

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Publicitária, taróloga, estudiosa de Mitologia, Oráculos e do Sagrado Feminino. Geminiana e gateira. Uma mente inquieta, que só sossega escrevendo. No Instagram: @Mythologika

Todos – eu, você, sua mãe, seu vizinho, a celebridade do momento, o político eleito – buscamos seguir pelos caminhos mais leves, ainda que os mais difíceis possam ensinar mais e prometer melhores recompensas ao final da viagem.

Há no ser humano o medo ancestral daquilo que lhe é desconhecido, da saída do útero ao retorno ao Todo a que pertencemos. Ainda que a curiosidade nos pulse frenética no peito, sempre preferimos o que nos pareça familiar, confortável, seguro... mesmo que só pareça.

Mas se confiássemos mais no destino, na beleza caoticamente orquestrada da qual a vida é feita, entenderíamos que o caminho certo sempre se apresenta aos nossos pés, difícil ou não. Basta crer que estaremos preparados para trilhá-lo.

Arcano 0, “O Louco”

Basta desejar ir, de corpo, alma e coração, com a disposição dos viajantes, esperando pelas surpresas e aventuras que nos aguardam. E se as adversidades vierem, conseguiremos improvisar, transformar, superar. Nada nos surgirá à frente sem motivo, sem propósito.

Basta seguir, sem hesitações, porque levamos aos ombros a bagagem de que necessitamos, e as respostas a todas as nossas dúvidas estão, estarão, todas elas dentro de nós. Devemos aprender a lê-las, como se leem as constelações, os mapas, a bússola.

Não adianta trapacear, tentar seguir outra trilha que não seja a que precisamos. É o caminhante quem faz o caminho. Cada um possui a própria maneira de buscar e encontrar seu destino, sua Ítaca, ainda que conte com a ajuda de deuses e heróis. 

Technicolor

Cuidado com as companhias. Nenhum ser é mais danoso a outro quanto aquele que não sabe o que quer. Por não saber por onde ir, sai a esmo, às cegas, levando com ele quem se dispuser e confiar, por caminhos muitas vezes perigosos, como o afogado que se debate sem controle e acaba matando quem o tenta salvar.

Por mais que a distância seja longa, por mais que nos custe a dor do cansaço nos pés e no espírito, cada parada para apreciar a paisagem, estudar a rota e avaliar o quão longe já se foi – e o quanto se pode ir adiante – fará tudo, absolutamente tudo, valer a pena.



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