O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) evolui de forma satisfatória, mas não tem previsão de alta, segundo boletim médico divulgado nesta quinta-feira (15), por volta das 12h, pelo hospital Vila Nova Star, onde ele está internado em São Paulo.
Bolsonaro apresenta uma obstrução no intestino, o que gerou acúmulo de líquido no estômago e dores abdominais. A complicação se soma a outros momentos de internação do presidente após a facada sofrida em 2018.
O boletim afirma que Bolsonaro está "evoluindo de forma satisfatória clínico e laboratorialmente". O hospital informou ainda que o tratamento permanece o mesmo, ou seja, não há ainda a previsão de uma cirurgia -a ideia é tentar resolver a obstrução com precedimentos menos invasivos.
"Permanece o planejamento terapêutico previamente estabelecido", diz a nota assinada pelo médico Antônio Luiz Macedo, responsável pelo tratamento intestinal de Bolsonaro, e outros quatro médicos da equipe.
Na manhã desta quinta, antes do boletim, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) divulgou em seu canal no Telegram, um vídeo em que comenta o estado de saúde do pai e diz torcer para que uma cirurgia não seja necessária.
Segundo Eduardo, Bolsonaro tem no hospital a companhia do filho Carlos Bolsonaro, vereador no Rio de Janeiro pelo Republicanos, e da mulher, Michelle Bolsonaro.
O deputado afirmou haver uma dobra ou aderência no intestino de Bolsonaro que impede a passagem de alimentos. Ele explicou que o entupimento causou acúmulo de líquido no estômago, o que gerou dores abdominais ao presidente. "Foi retirado um litro de líquido do estômago", disse.
Na madrugada de quarta, Bolsonaro foi ao Hospital das Forças Armadas, em Brasília, de onde foi transferido por orientação do médico Macedo.
Eduardo afirmou haver esperança de que o bloqueio se desfaça naturalmente, sem a necessidade de nova cirurgia. Desde o atentado na campanha presidencial, Bolsonaro já foi submetido a algumas cirurgias.
O deputado informou ainda que Bolsonaro não poderá comparecer à motociata marcada pala sexta (16), em Manaus. O filho do presidente disse que ele estava "baqueado" na quarta, mas que Bolsonaro "não para de trabalhar, é workaholic, mas vai ter que dar um tempinho".