Com a renúncia, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), deve dar posse ao suplente Adilson Barroso (PL-SP) nesta segunda-feira (15).
Zambelli deixa o cargo dois dias após o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmar a cassação imediata do mandato dela.
Na sexta-feira (12), a Primeira Turma do STF confirmou, por unanimidade, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que anulou a votação da Câmara dos Deputados.
Essa votação havia rejeitado a cassação e mantido o mandato da deputada.
Na quarta-feira (10), a Câmara decidiu manter o mandato de Zambelli pelo placar de 227 votos a favor e 110 contra.
Eram necessários 257 votos para aprovar a cassação.
Diante da deliberação que manteve o mandato, Alexandre de Moraes anulou a resolução da Casa que oficializou o resultado da votação.
O ministro considerou a decisão inconstitucional.
No entendimento de Moraes, a Constituição define que cabe ao Poder Judiciário determinar a perda do mandato de parlamentar condenado por decisão transitada em julgado.
À Câmara, cabe somente declarar a perda do mandato.
Em julho deste ano, Zambelli foi presa em Roma, na Itália.
Ela tentava escapar do cumprimento de um mandado de prisão emitido por Alexandre de Moraes.
Por ter dupla cidadania, a deputada deixou o Brasil em busca de asilo político na Itália.
Isso ocorreu após ser condenada pelo STF a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023.
A decisão final sobre o processo de extradição feito pelo governo brasileiro será tomada em audiência da Justiça italiana na próxima quinta-feira (18).






