A frágil trégua entre Israel e Irã, mediada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, colapsou de forma dramática nesta terça-feira, menos de três horas após seu início. O cessar-fogo, que buscava encerrar uma guerra de 12 dias que desestabilizou o Oriente Médio, deu lugar a uma troca de acusações e à imediata retomada das hostilidades, resultando em novas mortes e em uma escalada de violência, conforme noticiado por agências de notícias como Lusa, BBC e Reuters.
O governo de Israel foi o primeiro a denunciar a quebra do acordo. O Ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou que o Irã violou "completamente" a trégua ao lançar mísseis em direção ao seu território. Em resposta, ordenou a retomada imediata dos ataques. Do outro lado, o Irã negou ter disparado os mísseis e acusou Israel de realizar novos bombardeios, prometendo que o país "pagará um preço elevado" por suas ações.
A situação deteriorou-se rapidamente com novos incidentes fatais. A imprensa internacional reportou a morte de um cientista nuclear iraniano em um ataque israelense ocorrido durante a noite, antes mesmo da entrada em vigor do cessar-fogo. Além disso, um ataque a um prédio residencial em Beersheba, no sul de Israel, resultou na morte de quatro pessoas. O presidente Donald Trump, que havia anunciado o acordo, chegou a pedir em suas redes sociais que Israel "não lançasse mais bombas", expressando frustração com o rápido fracasso da mediação.
O colapso da trégua ocorre após um período de conflito excepcionalmente violento. Segundo informações compiladas de diversas fontes, a escalada de 12 dias que precedeu o acordo incluiu um ataque massivo do Irã, que em 13 de junho lançou mais de 100 drones em direção a Israel. O cenário de guerra se estende pela região, com relatos de que os houthis, aliados do Irã, dispararam um míssil balístico do Iêmen contra Israel.
Fontes consultadas nesta manhã para a atualização: Agências de notícias internacionais (Lusa, Reuters, Associated Press), BBC News e Folha de S.Paulo.






