NOTICIÁRIO Terça-feira, 08 de Setembro de 2020, 14:15 - A | A

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MELHORA

Depois de 9 dias, médica picada por cobra recebe alta da UTI

Michely Figueiredo
Da Editoria

A médica Dieynne Saugo recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva onde estava internada no Hospital Albert Einsten, nesta segunda-feira (7). Agora, segue sendo acompanhada por uma equipe especializada, no entanto em um leito semi intensivo.

Dieynne foi picada três vezes por uma cobra jararaca, enquanto fazia um passeio com amigos na cidade de Nobres. O acidente ocorreu na cachoeira Serra Azul no último dia 30.

"Gente do céu, que susto foi esse?", escreveu no seu Instagram.

A médica estava internada no Complexo Hospitalar Cuiabá. Com 70% das vias aéreas comprometidas, em função do inchaço causado pelo veneno da cobra, Dieynne precisou ser submetida a uma traqueostomia para respirar melhor.

Os cuidados médicos precisaram ser realizados em São Paulo depois que a equipe de Cuiabá constatou um distúrbio de coagulação no braço que havia sido picado. Como os locais que contavam com profissionais especializados neste tipo de procedimento não dispunham de UTIs disponíveis, a família decidiu por transferir a médica.

Ao chegar em São Paulo, Dieynne foi submetida a exames que constataram que ela estava também infectada pelo novo coronavírus, no entanto essa condição não agravou o seu quadro e assim que ingressou na unidade de saúde já fui submetida a cirurgia, que precisava ser feita com urgência.

Pelo seu Instagram a médica agradeceu todas as manifestações de carinho e todas as orações que tem recebido, embora ainda não consiga falar em razão da traqueostomia. Dieynne hoje não precisa mais de ventilação mecânica e retirou também a sonda nasogástrica. Desta maneira, pode desfrutar nesta segunda-feira de sua primeira refeição sólida desde que foi picada pela cobra.

Para custear o tratamento da médica, sua família resolveu fazer uma vakinha virtual. A meta, que a princípio era de R$ 300 mil, foi reduzida para R$ 250 mil. Até as 14:10 desta terça-feira(8) 1191 pessoas já haviam contribuído e o valor angariado era de R$ 144.385,03.

Picada da Jararaca

Além do efeito tóxico que atinge o corpo todo, o veneno das cobras botrópicas, a família das jararacas, tem uma ação específica no local da picada que pode causar inflamação, hemorragia e, em alguns casos, levar à necrose e à amputação da parte atingida.

São elas as responsáveis por 70% a 90% dos acidentes envolvendo cobras no Brasil. Sem tratamento, o índice de morte por picada de Jararaca é de 30%.

A Organização Mundial de Saúde estima que 5 milhões de pessoas sejam picadas por cobras todos os anos. A metade resulta em envenenamento, o que gera um saldo de 120 mil mortes e 250 mil pessoas com sequelas. No Brasil, é registrada uma média de 30 mil acidentes ofídicos por ano.



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