NOTICIÁRIO Domingo, 07 de Dezembro de 2025, 08:56 - A | A

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DISPUTA PRESIDENCIAL

Flávio Bolsonaro anuncia candidatura, divide a direita e reascende radicalismo

Da Redação com portais

Flávio Bolsonaro confirmou o anúncio em 5 de dezembro, durante evento em Brasília, afirmando ter recebido a indicação direta de Jair Bolsonaro. “É com grande responsabilidade que confirmo a decisão da maior liderança política e moral do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, de me conferir a missão”, declarou o senador, segundo cobertura do O Globo.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral e condenado no inquérito sobre tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023, escolheu o filho como representante do PL na disputa. Aliados relataram à Folha que a decisão visa manter o bolsonarismo unido, apesar das restrições jurídicas ao patriarca.

O lançamento ocorre em meio a divisões na direita brasileira. O Centrão, bloco de partidos como PP, União Brasil e Republicanos, rejeita o nome de Flávio, conforme apurou o O Globo em 5 de dezembro. Líderes do grupo avaliam neutralidade nas eleições presidenciais ou apoio a candidaturas moderadas, como a do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Integrantes do Centrão, segundo o UOL em 20 de agosto, escanteiam os filhos de Bolsonaro para calcular rotas alternativas em 2026, priorizando nomes como o governador Ratinho Júnior (PSD-PR). “O parlamentar não terá o apoio de partidos de centro”, indicou fonte do bloco ao O Globo.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), endossou a pré-candidatura em declaração ao G1 no dia 5 de dezembro. “Faz todo sentido e é algo justo e democrático”, afirmou Zema, que integra o campo da centro-direita.

Pesquisa Datafolha divulgada pelo G1 em 7 de dezembro, realizada antes do anúncio, mostrou que 8% dos eleitores acham que Jair Bolsonaro deveria apoiar Flávio, enquanto 22% preferem Michelle Bolsonaro e 20% Tarcísio de Freitas. No segundo turno simulado, Lula lidera superando Flávio por 15 pontos, segundo o instituto.

O PL vê Flávio como caminho pragmático para o bolsonarismo, conforme o UOL em 6 de dezembro. O partido negociou com o Republicanos para disputar vagas no Senado em Santa Catarina, mas o foco agora é na unificação da extrema-direita.

As eleições municipais de 2024 expuseram rachas na direita, como reportou o UOL em 27 de outubro. Em São Paulo, Jair Bolsonaro apoiou Ricardo Nunes (MDB), mas parte de seus eleitores migrou para Pablo Marçal (PRTB), evidenciando fragmentação entre bolsonarismo radical e alas moderadas.

Nas redes sociais, o anúncio de Flávio intensificou debates polarizados. Postagens no X (antigo Twitter) e Instagram registram aumento de interações sobre o tema, com hashtags como #Flavio2026 e #BolsonaroVive somando milhões de visualizações em 48 horas, segundo monitoramento do G1.

O Centrão consolida-se como força independente, fortalecendo pautas bolsonaristas em assembleias e câmaras municipais para 2026, conforme O Globo em 25 de maio. Projetos sobre escolas cívico-militares e leitura da Bíblia em salas de aula avançam em estados como São Paulo e Minas Gerais.

Flávio Bolsonaro defendeu a unidade da direita em entrevista ao O Globo em 6 de dezembro. “Vou começar as negociações a partir deste sábado”, disse, cobrando líderes anti-Lula pela aprovação de anistia a Jair Bolsonaro no STF.

A indefinição prévia de Jair Bolsonaro travava palanques regionais, favorecendo o governo Lula, segundo o UOL em 27 de novembro. Agora, com Flávio como nome, o bolsonarismo busca recompor forças, mas enfrenta resistências no Centrão.

Em Minas Gerais, Zema indicou apoio condicional, enquanto em São Paulo Tarcísio mantém silêncio. O ex-governador Rodrigo Garcia (PSDB), em entrevista à Folha em outubro, afirmou que o caminho da centro-direita em 2026 passa por Bolsonaro, elegível ou não.

O lançamento reforça a extrema-direita bolsonarista, mas aprofunda divisões com o Centrão, que avalia alianças com Lula ou neutralidade, conforme apurou o G1 em 6 de dezembro sobre negociações no PSD.



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