Conforme informações da jornalista Yasmim Di Berti, publicadas pela Secretaria de Estado de Comunicação (Secom-MT), Mato Grosso alcançou a liderança no saldo da balança comercial brasileira no primeiro semestre de 2025, respondendo por 45,08% do superávit nacional. Os dados têm como base os números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), compilados pelo Observatório do Desenvolvimento da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec).
No período, as exportações do estado totalizaram US$ 14,6 bilhões, enquanto as importações foram de US$ 1,12 bilhão. Essa movimentação resultou em um saldo positivo de US$ 13,57 bilhões para a economia mato-grossense.
A participação do estado no saldo comercial do país apresentou um crescimento em relação ao mesmo período de 2024, quando representava 35,86% do total. O avanço corresponde a um aumento de aproximadamente 25,7% na contribuição de Mato Grosso para o superávit brasileiro.
O desempenho é atribuído principalmente às vendas externas de produtos do setor agropecuário. Durante os primeiros seis meses de 2025, as exportações do agronegócio de Mato Grosso somaram US$ 10,85 bilhões.
Com esse valor, o estado se consolidou como o maior exportador do setor no Brasil, sendo responsável por 27,71% de toda a exportação agropecuária nacional.
Entre os produtos da pauta de exportação, a soja foi o principal item, gerando uma receita de US$ 8,46 bilhões. O montante equivale a 33,27% de todas as exportações brasileiras do grão no semestre.
O algodão também teve destaque na balança comercial. Mato Grosso foi responsável por 68% das exportações brasileiras da fibra, com uma movimentação financeira de US$ 1,69 bilhão.
O estado também liderou as vendas externas de milho, com 34,41% de participação no mercado nacional. As exportações do cereal somaram US$ 511,92 milhões.
Em relação às importações, a participação de Mato Grosso no cenário nacional foi de 0,83% do total de compras brasileiras no exterior no período analisado.
Os principais produtos adquiridos do mercado internacional foram insumos para a produção agrícola, como adubos e inseticidas, além de maquinários e peças de reposição para colheita.
Para o secretário adjunto de Indústria, Comércio e Incentivos Programáticos, Anderson Lombardi, o resultado reflete a combinação de um setor produtivo eficiente com políticas públicas.
"O bom desempenho de Mato Grosso na balança comercial é resultado de um setor produtivo eficiente e de políticas públicas voltadas ao fortalecimento da economia, com destaque para os incentivos fiscais, programas de apoio à industrialização e à exportação", declarou Lombardi.
Ele acrescentou que "a Sedec tem atuado de forma integrada com o setor privado para ampliar a competitividade do Estado e atrair novos investimentos".
