Depois que a Assembleia Legislativa não aprovou o projeto de lei do governo do estado que visava antecipar feriados em Mato Grosso e promover um "lockdown branco" de 10 dias, o governador Mauro Mendes (DEM) publicou um vídeo em suas redes sociais no qual conclama a sociedade e os demais poderes a assumirem um "pacto pela vida".
"Vamos fazer um pacto pela vida, todos juntos. Faça a sua parte. O distanciamento não é difícil, seguir as regras de segurança não custa muito e pode salvar sua vida ou de alguém muito próximo. Vamos trabalhar neste sentido, cooperar, ser irmãos, cristãos e vamos juntos vencer esse vírus nesse pacto pela vida em Mato Grosso", pediu o governador.
Em sua fala, o democrata lamentou o fato de o Legisltivo estadual não ter aprovado o projeto, que segundo ele, tinha como objetivo evitar aglomerações e reduzir a taxa de contaminação pelo coronavírus. Nas últimas semanas Mato Grosso vem enfrentando um aumento de 30% na taxa de contágio e o sistema de saúde colapsou, com a taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva chegando a 98,07%, conforme último boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde.
Até o momento Mato Grosso registra 292.842 casos confirmados da Covid-19, sendo registrados 7.033 óbitos em decorrência da doença.
"O governo tem feito tudo que é possível salvar vidas. Abrimos leitos, compramos testes, mandamos remédios, abrimos hospitais e continuamos fazendo isso todos os dias. Precisamos da colaboração da população e demais poderes. Sozinhos não vamos vencer essa guerra. Nesse momento precisamos nos unir contra o vírus e para vencer pandemia em Mato Grosso", salientou.
Mauro Mendes lembrou que penalidades mais severas foram aprovadas pela Assembleia Legislativa nesta terça-feira (23) para aqueles que insistirem em não respeitar o decreto em vigência, que determina toque de recolher a partir das 21 horas e possibilidade de funcionamento do comércio até às 19.
"Aprovamos uma lei que vai poder aumentar muito as penalidades para quem descumprir o decreto. Vamos aplicar as duras penas da lei e pedimos que a população ajude. Ajude a salvar vidas. Esse é o nosso propósito. Lamento, sou empresário, as pessoas clamam por estar trabalhando. Salvar vidas é a maior prioridade. Os empregos serão preservados, as empresas vão sobreviver. Estamos abrindo linhas de crédito, dando auxílio, vamos distribuir 500 mil cestas báscias, fazer assistência, prorrogar impostos, faremos todo o possível", destacou.