NOTICIÁRIO Terça-feira, 14 de Outubro de 2025, 07:15 - A | A

Terça-feira, 14 de Outubro de 2025, 07h:15 - A | A

RASPADINHA DO CRIME

Polícia Civil desmonta esquema que movimentava jogos ilegais e financiava facção em MT

Da Redação

A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, na manhã desta terça-feira (14), a Operação Raspadinha do Crime, que cumpre 111 ordens judiciais em diversas regiões do estado. A ação tem como objetivo desarticular uma rede de exploração ilícita de jogos de azar que movimentava milhões de reais e servia para financiar uma facção criminosa atuante dentro e fora dos presídios.

As investigações são conduzidas pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), em parceria com a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO). O trabalho revelou uma estrutura criminosa sofisticada, com hierarquia e divisão de funções, que operava um falso empreendimento de raspadinhas instantâneas em mais de 20 cidades mato-grossenses.

Ao todo, são cumpridos 21 mandados de prisão preventiva, 54 de busca e apreensão, além de ordens de bloqueio, quebra de sigilo bancário e sequestro de bens que ultrapassam R$ 1,1 milhão, expedidos pela 5ª Vara Criminal de Sinop. Centenas de bilhetes e materiais de propaganda também foram apreendidos e devem ser descartados.

Estrutura criminosa

O esquema começou a ser desvendado a partir de uma operação realizada em maio deste ano, quando foram encontrados indícios de um suposto negócio de jogos de raspadinha. Em apenas seis meses, a facção teria movimentado mais de R$ 3 milhões por meio da prática ilegal.

Por trás da fachada de legalidade, os investigadores identificaram três níveis operacionais:

Núcleo estratégico, sediado em Cuiabá, responsável por coordenar ações financeiras e decisões gerais;

Núcleo financeiro, encarregado de movimentar contas de fachada e distribuir recursos pelo estado;

Núcleo operacional, com representantes locais que vendiam bilhetes, recolhiam valores e faziam a contabilidade das apostas.

O delegado Antenor Pimentel, responsável pelo inquérito, explicou que o grupo utilizava a estrutura empresarial para dar aparência lícita à lavagem de dinheiro e fortalecer o caixa da facção.

“A operação representou um golpe direto no braço econômico da facção, desmantelando uma rede que unia tecnologia, manipulação social e engenharia financeira. A investigação continua com foco na recuperação dos valores desviados e na identificação de possíveis ramificações interestaduais”, destacou.

Ações integradas

A Raspadinha do Crime faz parte do programa Tolerância Zero, estratégia do Governo de Mato Grosso voltada ao enfrentamento das organizações criminosas, e está inserida no planejamento da Operação Inter Partes, conduzida pela Polícia Civil. A ação também integra a Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim).



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