Depois da morte de cinco investigadores e um escrivão ocasionadas pela Covid-19, o Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil (Sinpol-MT) afirmou que a categoria poderá parar as atividades caso a vacinação dos profissionais não ocorra. O alerta foi feito pelo presidente do Sindicato, Glácio de Abreu Castañon.
“Chega de politicalha. Estamos cansados de promessa e de porcariada midiática na TV. O que nós queremos realmente é que os policiais sejam vacinados. E, sinceramente, ou o governo cumpre e vacina os policiais ou nós teremos que parar tudo! A segurança pública tem que parar. Chega de ser bode expiatório. Chega de estarmos aí trabalhando (…) como gado indo para o matadouro”, desabafou Castañon.
A gravação foi feita após o líder sindical receber a informação de que mais um investigador da Polícia Civil de Mato Grosso morreu vítima da Covid-19 no Estado. Policial da ativa, Anízio Batista da Silva morreu na noite de quarta-feira (31) em Cáceres, a 220 km de Cuiabá.
"Acabei de receber a informação de que mais um investigador, o Anízio, da ativa, acabou de falecer de covid. E aí eu observo vídeos, matérias em jornais aqui em Cuiabá, a hipocrisia política do governo, a hipocrisia política de aproveitadores que querem se aparecer, enquanto outros Estados, como é o caso de Goiás (…), já vacinaram os policiais que estão na linha de frente”, lembrou o presidente do Sinpol.
Os policiais, civis, militares e penais, já chegaram a fazer uma carreata pelas ruas de Cuiabá, com destino ao Palácio Paiaguás, cobrando a vacinação dos agentes.
Antes da publicação do vídeo do presidente do Sindicato, o governador Mauro Mendes (DEM), juntamente com o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, anunciou que 6% das 113.250 doses de vacinas recebidas nesta quinta-feira, que representam 6.795 doses, serão destinados para imunização das forças de segurança pública.
Conforme o governador, houve um aval do Ministério da Saúde para que fossem incluídos na lista de prioridades para a vacinação os profissionais das forças de segurança do estado de Mato Grosso.
No entanto, o Sindicato cobra a efetividade da promessa. Quer saber quando a vacinação terá início e quais serão os locais onde os profissionais poderão receber os imunizantes.