O PSOL encaminhou petição ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, solicitando que a conduta de 11 parlamentares que apoiaram, através das redes sociais, os atos de vandalismo em Brasília no último domingo, seja apurada. Entre eles está o deputado federal por Mato Grosso, que foi vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara, José Medeiros (PL),
“Apesar dos atos de terrorismo terem chocado todos aqueles defensores do Estado Democrático de Direito independentemente de inspirações ideológicas pessoais, alguns parlamentares se sentiram representados, veiculando mensagens de incentivo à prática criminosa conforme se passa a expor de forma pormenorizada”, diz o documento.
Além de Medeiros, compõem a lista , senador eleito Magno Malta (PL- ES), do ex-líder do governo Bolsonaro na Câmara Ricardo Barros (PL-SP), deputado Coronel Tadeu (PL- SP), do deputado Carlos Jordy (PL- RJ), da deputada Silvia Waiãpi (PL - AP), além dos deputados estaduais André Fernandes (PL - CE) Clarissa Tércio (PP- PE), Júnior Tércio (PP - PE), Sargento Rodrigues (PL - MG) e Ana Compagnolo (PL - SC). O Psol pede ainda que as redes sociais desses parlamentares sejam suspensas, haja a quebra dos sigilos telefônico e telemático e que sejam apreendidos os passaportes para evitar fugas ao exterior.
Esses parlamentares teriam feito postagens, segundo o Psol, incitando a participação na mobilização e comemorando os atos de vandalismo, que destruíram as sedes do Supremo Tribunal Federal, Congresso Nacional e Palácio do Planalto. Todos os citados são apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Medeiros afirmou que o “vandalismo foi a desculpa perfeita para intensificar a perseguição contra os adversários”.
"Isso se confirma quando um partido apêndice do PT entra na Justiça pedindo indiciamento de deputados e senadores da oposição. O STF irá se prestar a ser pichuleco desses atores menores?” publicou no Twitter o parlamentar.
O deputado federal ainda disse que ser “atacado e denunciado pelo Psol é um atestado de bons antecedentes e serve como uma comenda de excelentes serviços prestados ao Brasil. Aprendi cedo que simpatizantes de ladrões não gostam de polícia”. Medeiros atuava como policial rodoviário federal antes de ingressar na vida política.
Os atos antidemocráticos foram um recado dos vândalos, que não aceitam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva. Ao menos 1500 pessoas foram presas por participação na destruição. Entre elas estão vândalos de Mato Grosso. São eles a cuiabana Alessandra Faria Rondon, natural de Cuiabá, Jairo de Oliveira Costa, de Campo Verde; Jean de Brito da Silva, de Sinop; João Batista de Castro de Primavera do Leste; Juvenal Alves Correa de Alburquerque, de Cuiabá; Alessandra Cristiane dos Santos Nascimento, de Barra do Graças, Edineia Paes da Silva dos Santos, de Nova Mutum, e Simone Tossato, de Cuiabá.
Os homens estão presos no centro de Detenção Provisória II, mais conhecido como Papuda, e as mulheres estão na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, chamada de Colmeia.