Matéria produzida pelos jornalistas Rodrigo Costa e Jardel P. Arruda, publicada pelo Olhar Direto na última quarta, 25, revela a preocupação do presidente do Legislativo estadual, Max Russi, com a ampliação do número de feminicídios em Mato Grosso.
Segundo a reportagem, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB), liderou uma comitiva de deputados estaduais em uma reunião com o governador Mauro Mendes (UNIÃO), no Palácio Paiaguás. O encontro foi motivado pelo recente assassinato da terapeuta Gleici Keli Geraldo, de 42 anos, um caso que evidenciou a urgência do tema.
Gleici foi morta com seis facadas enquanto dormia na madrugada de terça-feira (24), em Lucas do Rio Verde. O autor do crime, seu companheiro Daniel Frasson, também esfaqueou a própria filha, de apenas sete anos, e tentou o suicídio em seguida. A criança segue internada em estado estável.
De acordo com Max Russi, o diálogo com o governador foi necessário diante da sensação de impotência do Legislativo frente à escalada dos crimes, mesmo com o endurecimento das leis. O deputado expressou a frustração dos parlamentares, que se sentem "de mãos atadas".
Ele destacou que nem o aumento da pena para feminicídio, que pode chegar a 40 anos de reclusão, tem sido suficiente para frear a violência. "A lei foi endurecida, mas isso parece não ter tido significado. Nós estamos criando leis, que estão sendo endurecidas, mas, infelizmente, toda semana vemos notícias como essa fatalidade", desabafou Russi.
Diante deste cenário, o presidente da ALMT defendeu uma mudança de estratégia, sugerindo um esforço conjunto com o Executivo para a implementação de campanhas educativas nas escolas. "Precisamos partir para a educação, para o trabalho na escola. A Assembleia quer que o governo, de forma forte e intensa, entre nisso, porque não estamos vendo avanço. Cada dia uma fatalidade, cada dia um crime mais violento contra as mulheres", concluiu o parlamentar.
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