O secretário de Infraestrutura de Mato Grosso, Marcelo Oliveira, e sua equipe técnica, formada pelos engenheiros Isaac Nascimento Filho e Meiri Serci, estiveram hoje (20) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para dar explicações aos deputados sobre as obras do BRT em Cuiabá e Várzea Grande. Marcelo Oliveira esclareceu que toda a obra de Cuiabá e Várzea Grande será entregue até julho de 2026 e que o contrato da nova licitação ficou orçada em R$ 156 milhões.
“As obras estão andando, o cronograma está apertado, mas estamos cumprindo. As adequações que têm que ser feitas serão realizadas, se precisar de algum prazo, não vai ser prazo longo”, afirmou.
A convocação do secretário foi requerida pelo deputado Lúdio Cabral (PT), para esclarecimentos sobre os sucessivos atrasos e problemas nos trabalhos envolvendo as avenidas do CPA, Prainha, Fernando Correa, em Cuiabá, e a avenida da FEB, em Várzea Grande. Esta é a segunda vez que o secretário de Infraestrutura comparece à Assembleia para falar sobre o assunto. O deputado Júlio Campos (União) também participou das discussões.
“As explicações foram apresentadas, e cabe a mim registrar e, posteriormente, cobrar o cumprimento dos prazos estabelecidos pelo governo do estado”, adiantou Lúdio.
O parlamentar pediu esclarecimentos sobre o descumprimento do acordo firmado que previa a conclusão do trecho entre o Crea (Conselho Regional de Engenharia) e o Hospital de Câncer até o fim de agosto, além do andamento das novas frentes de obras na Prainha e avenida Fernando Correa.
“Estamos dedicados a cumprir nossa função de fiscalizar as ações do Executivo e acompanhar o progresso das obras do BRT. Na audiência de hoje, foram esclarecidos os cenários futuros, incluindo o trecho sob responsabilidade do primeiro consórcio, que foi concluído, do Hospital de Câncer até o viaduto da Sefaz (Secretaria de Fazenda), do Crea até a Defensoria Pública, com algumas obras de travessia ainda em andamento”, explicou Cabral.
Também foram questionados trechos em execução, que se estendem do viaduto da Sefaz até a ponte entre Cuiabá e Várzea Grande.
“O secretário garantiu que o prazo estabelecido é de seis meses para a conclusão, até 31 de dezembro, podendo se estender até o final de fevereiro. A licitação dos terminais e estações está em andamento, e a licitação do trecho da avenida Fernando Corrêa, segundo ele, está prevista para 45 dias, com estimativa de 12 meses para a conclusão”, disse Lúdio.
Ele comentou que os trabalhos não estão sendo realizados no período noturno e citou falta de profissionais para desempenhar as funções na obra.
“À medida que a empresa avança, frequentemente recebo solicitações sobre a possibilidade de trabalhar no período noturno. A questão central é a escassez de mão de obra especializada. Essa dificuldade não se restringe a Cuiabá, mas é um problema em todo o Brasil. Diante desse cenário, não seria produtivo transferir todas as atividades para o período noturno. Perderíamos a luz do dia para identificar e solucionar problemas com mais facilidade. A alternativa adotada é ajustar os turnos, realocando parte da equipe que trabalha durante o dia para o período noturno, ampliando, assim, a jornada de trabalho nesse período”, apontou ele.
O secretario exemplificou que as concretagens frequentemente precisam ser interrompidas durante os horários de pico e retomadas fora desses horários para garantir o fluxo.
“A logística de transporte de concreto também apresenta desafios. Os caminhões transitam pela cidade em horários de grande movimento, o que pode aumentar o tempo de entrega. Em alguns casos, como mencionado, o trajeto entre a concreteira e o local da obra pode levar até 40 minutos”, citou ele.
Prazo - Marcelo Oliveira garantiu que toda obra será entregue até julho de 2026. Lúdio Cabral informou que irá propor realização de novas audiências daqui a três e seis meses para acompanhar o andamento das obras e garantir a conclusão das obras e o fim dos transtornos no trânsito enfrentados pela população de Cuiabá.






