OPINIÃO Sábado, 14 de Novembro de 2020, 12:39 - A | A

Sábado, 14 de Novembro de 2020, 12h:39 - A | A

JOÃO EDISOM

Impactos da eleição americana

João Edisom de Souza

Graduado em Pedagogia pela Universidade Federal de Mato Grosso (1990), especialização em Psicologia Educacional pela Universidade Federal de Mato Grosso (1993) e mestrado em Educação pela Universidade de Cuiabá (2004). Atualmente é professor da Uniasselvi no seguinte tema: direito, filosofia e psicologia jurídica.

Os EUA são a maior potência mundial quando falamos dos impactos que causam nos demais países. Muito pela sua capacidade econômica e bélica de interferência internacional no mundo. O Brasil e os brasileiros também ficam impactados com os acontecimentos na América do Norte. Tanto que durante o pleito de 2020 temos torcida, movimentos, choro e comemoração por aqui. Mas o que poderá nos afetar para o bem e para o mal a confirmação da vitória de Joe Biden?

Primeiro precisamos entender que o governo do presidente Donald Trump nunca facilitou nossa vida (Brasil). Amizade (Jair Bolsonaro) é uma coisa e negócio foi outra coisa. O governo americano não ajudou em nada além dos elogios. Porque comercialmente foi e ainda é bastante desfavorável a nossa economia.

Temos que ressaltar também que os democratas americanos sempre olharam muito para o próprio umbigo e isto os faz sempre desenvolverem políticas que não contribuem em quase nada com os aspectos econômicos dos países da América Latina. Ou seja, sempre foram doces no trato e amargos na economia.

A vitória de Joe Biden vai significar sim mais apertos nas questões ambientais e no tocante aos direitos humanos. E não há esperanças que do ponto de vista comercial teremos refresco. O que realmente deve mudar e já está mudando é o tom dos discursos e negociações, saindo de um linguajar mais brusco para um linguajar mais ameno devido a personalidade do novo gestor americano.

As relações comerciais em geral são regulamentadas e tratadas por mecanismos internacionais, logo não há motivos para alarmismo. O que deve ser pensado são nossos sistemas de produção e condução de algumas políticas, como a ambiental e a dos direitos humanos, que muda muito mais no discurso do que na prática. Isso exige uma maior polidez quando se falar do assunto.

Pressão por pressão já sofremos e continuaremos a sofrer muito mais pelo jogo da concorrência do que como de interesse nos modos de produção. Mas há, sim, necessidade de acender uma luz de alerta e revermos nossas publicitações e investimentos nestas duas áreas sensíveis que implicam diretamente nos modos de negócios e consumos dos nosso clientes a médio e a longo prazo.

Não é apenas a eleição americana que deve nos interessar. Precisamos enxergar o mundo além dos nossos parceiros comerciais. Temos que ter necessariamente um olhar abrangente para entender a política global para além de um único país ou bloco econômico.

A política dos EUA é muito importante, mas não é a única quando falamos de consciência futura de mercado. Mato Grosso está no centro destes temas. Exportamos alimentos, logo ambiente e política indígena serão temas constantes, atrapalhando ou ajudando, depende da gente e de nossas politicas! Sem grandes preocupações, mas atentemos para não sermos pegos de surpresa.



Comente esta notícia

Nossa República é editado pela Newspaper Reporter Comunicação Eireli Ltda, com sede fiscal
na Av. F, 344, Sala 301, Jardim Aclimação, Cuiabá. Distribuição de Conteúdo: Cuiabá, Chapada dos Guimarães, Campo Verde, Nova Brasilândia e Primavera do Leste, CEP 78050-242

Redação: Avenida Rio da Casca, 525, Bom Clima, Chapada dos Guimarães (MT) Comercial: Av. Historiador Rubens de Mendonça, nº 2000, 12º andar, sala 1206, Centro Empresarial Cuiabá

[email protected]/[email protected]

icon-facebook-red.png icon-youtube-red.png icon-instagram-red.png icon-twitter-white.png