O presidente Jair Bolsonaro mantém-se firme na sua estratégia de promover instabilidade institucional e política. Nesta segunda, 23, Bolsonaro voltou a atacar o processo eleitoral brasileiro, levantando suspeitas de fraude e insinuando que os votos são contados “num quartinho secreto, por meia dúzia de pessoas”.
A declaração atinge a Justiça Eleitoral e também a Câmara dos Deputados, que há poucos dias derrotou o projeto do voto impresso, mas serve para alimentar a milícia bolsonarista, que se prepara para os atos de 7 de setembro.
Extremistas de direita sinalizam para uma manifestação que defenderá teses golpistas e atacará as instituições democráticas. Há quem esteja convocando a presença de militantes armados, especialmente nos atos de Brasília e de São Paulo, conforme alertou o governador paulista João Dória, adversário de Bolsonaro.
A ideia do bolsonarismo é aprofundar a cisão entre brasileiros, promover instabilidade política e estabelecer um clima de beligerância ainda mais acirrado. O objetivo, deste que as pesquisas de opinião se mostraram desfavoráveis ao presidente, tem sido a de desqualificar o processo eleitoral, tal como fez trump nos estados unidos, e criar condições e justificativas para um enfrentamento antidemocrático e abertamente golpista.
Reunidos nesta segunda, 25 governadores discutiram as ameaças à democracia brasileira. E muitos deles prometeram reagir em defesa da Constituição o do Estado Democrático de Direito.
Dias difíceis neste nosso amado Brasil. De um lado o extremismo da direita golpista, e, de outro, a possibilidade de volta de um governo fortemente maculado pela corrupção.
O jeito é torcer para surgir uma terceira via capaz de unir o Brasil. Difícil, mas como a esperança é a última que morre e Deus é brasileiro... Quem sabe?