BLOG DO MAURO Quarta-feira, 06 de Agosto de 2025, 05:00 - A | A

Quarta-feira, 06 de Agosto de 2025, 05h:00 - A | A

DA SÉRIE OS INIMIGOS DO BRASIL

Help, Tio Sam! A Justiça brasileira está funcionando!

Mauro Camargo

Ah, o Brasil! Terra de samba, futebol, caipirinha e, aparentemente, um alvo preferencial para quem gosta de dar uma "ajudinha" indesejada na nossa política interna. Ultimamente, a novela das relações internacionais ganhou um capítulo digno de roteiro de filme B: o "tarifaço" imposto pelos Estados Unidos. Mas não se enganem, meus caros, isso não é sobre economia, é sobre política. E das mais rasteiras.

Imagine a cena: o Brasil, um país soberano, com suas instituições funcionando (ainda que aos trancos e barrancos, como toda boa democracia), decide que quem cometeu crimes deve ser investigado e, se for o caso, julgado. Parece razoável, não é? Pois bem, para alguns lá fora, isso é um ultraje. Especialmente quando os investigados são figuras ligadas à extrema direita e, pasmem, ao ex-presidente Jair Bolsonaro e sua trupe.

De repente, o Tio Sam, que adora pregar a democracia e a não-interferência, resolveu que o nosso Judiciário está sendo "muito chato" com os amigos dele. E qual a solução genial encontrada? Um tarifaço! É como se o vizinho, irritado porque você está podando a sua própria árvore, resolvesse cortar a água da sua casa. Uma chantagem descarada, um ato de bullying internacional que, no fundo, visa proteger quem deveria estar respondendo à Justiça brasileira.

A narrativa que tentam emplacar é sempre a mesma: "o Brasil está perseguindo bolsonaristas". Perseguição? Não, meus amigos, isso se chama aplicação da lei. Quando alguém tenta dar um golpe de Estado, atenta contra as instituições democráticas, ou espalha desinformação que incita a violência, isso não é "opinião", é crime. E em qualquer país que se preze, crimes têm consequências. O fato de os investigados terem uma ideologia específica não os torna imunes à lei. A Justiça não tem partido, ou pelo menos não deveria ter.

A afronta ao STF e a soberania nacional

O que dizer da tentativa descarada de intimidar o Supremo Tribunal Federal (STF), em particular o Ministro Alexandre de Moraes? É de um cinismo que beira o inacreditável. O governo americano, ao aplicar sanções diretas ao ministro por cumprir seu dever constitucional na investigação dos atos golpistas, cruza uma linha perigosa. O recado é claro: "Se vocês continuarem a investigar e julgar nossos aliados, a gente aperta o cinto de vocês".

Isso não é diplomacia, é uma afronta direta à nossa soberania. É como se dissessem: "Vocês não são capazes de cuidar dos seus próprios problemas, então a gente vem aqui e resolve na base da porrada econômica". Essa interferência externa, disfarçada de preocupação com a "democracia" (a deles, claro, não a nossa), é um tapa na cara de cada brasileiro, inclusive dos bolsonaristas que idolatram Trump e cultuam a bandeira dos EUA.

Afinal, quem paga a conta desse tarifaço? Não é o STF, não é o governo, não são os políticos que eles querem proteger. Somos nós, o povo brasileiro, que veremos nossos produtos mais caros, nossas exportações prejudicadas e nossa economia balançando por causa de uma birra política internacional. É o produtor de frutas do Nordeste, o operário da indústria do Sul, a pequena empresária que depende de insumos importados. Todos nós entramos no mesmo saco da retaliação.

É fundamental que a gente entenda a gravidade do que está acontecendo. Não se trata apenas de uma disputa comercial. É uma tentativa de desestabilizar o Brasil, de minar nossas instituições e de proteger um grupo político que, comprovadamente, agiu contra os interesses do nosso país. É um jogo perigoso, onde a democracia brasileira é a bola da vez.

O que torna o cenário ainda mais desolador é que essa chantagem externa encontra um vergonhoso apoio interno. Enquanto o Brasil é atacado em sua soberania, deputados federais como Nelson Barbudo, Rodrigo da Zaeli, José Medeiros e Coronel Fernanda, conhecidos como fanáticos bolsonaristas, aplaudem a interferência estrangeira. Em vez de defenderem as instituições nacionais, eles protestam contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, justamente a pessoa em nome de quem Trump promove essa cruzada contra o Brasil e o povo brasileiro.

Para esses parlamentares e outras lideranças da extrema direita golpista, a lealdade a um projeto de poder e a um líder político parece estar acima da lealdade à nação. Correm para os braços de quem nos ataca, buscando apoio externo para suas narrativas e para deslegitimar nosso Judiciário. A história não perdoa. Defender interesses estrangeiros em detrimento da própria pátria é, no mínimo, uma traição.

É preciso ter a coragem de defender o Brasil, suas leis e suas instituições, mesmo quando isso significa desagradar a "amigos" poderosos lá fora. O Brasil é uma república, e como tal, tem o direito e o dever de fazer valer suas leis, de proteger sua democracia e de não se curvar a pressões externas. A soberania não é um conceito abstrato; ela se manifesta na capacidade de um país de decidir seu próprio destino, sem interferências indevidas. E é essa soberania que está sendo testada agora.

Que fique claro: o Brasil não é quintal de ninguém. Nossas leis são para serem cumpridas, nossos tribunais são para julgar e nossa democracia é para ser defendida por nós mesmos. O "tarifaço" é um tiro no pé de quem o impõe, pois só serve para reforçar a nossa convicção de que, para o Brasil avançar, precisamos de menos interferência e mais respeito.

 O Brasil é a Nossa República



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