Você sabia que a mentira pode ser classificada como um traço de caráter ou um transtorno? Independente de qual tipo de mentira se trata, o certo é que a prática desgasta relações e extermina a confiança existente na relação. A psicóloga Dulci Loni foi a convidada do Papo com Ela para tratar sobre o tema e afirma que a mentira patológica, por exemplo, se torna presente na vida do indivíduo que precisa construir uma realidade paralela para conseguir sobreiver a uma dor muito profunda.
A mentira patológica por vezes é irreversível, visto que se torna uma ferramenta para lidar com traumas. A mentira pode ser ainda um traço de caráter, quando a pessoa lança mão da prática para atingir uma meta ou não perder um benefício do qual já desfruta. Uma educação muito rígida também pode fazer com que o indivíduo minta. O medo de ser penalizado por algum erro de conduta faz que com prefira a mentira à ser castigado.
A psicóloga salienta que todo mentiroso dá sinais no momento em que está mentindo. Olhares muito fixos, explicações em excesso podem indicar que a história não é verdadeira. Dulci lembra que existe um esforço de envolver a pessoa na história, sem dar tempo ou brecha para que questione o que está sendo falado.
A profissional ainda dá dicas de como lidar com as crianças no momento em que uma mentira é descoberta. O acolhimento é sempre a melhor alternativa. Quando mais segura a criança se sentir, mais a vontade para contar a verdade ela estará. Alerta que essa noção do que é verdade e mentira se manifesta na criança a partir dos 8 anos. Antes disso, a imaginação está muito aguçada, fazendo com que criem cenários, o que não pode ser considerado mentira.
Assista à entrevista na íntegra aqui: